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Ações da Yduqs sobem após resultados do 4T24

Ações da Yduqs (YDUQ3) saltam 7,70% após divulgação de lucro no 4T24. Receita e margem Ebitda acima das expectativas. Análises positivas de XP e Bradesco BBI. Matrículas do 1T25 em alta. Dividendos anunciados.

Ações da Yduqs sobem após resultados do 4T24

Ações da Yduqs sobem após resultados do 4T24

As ações do grupo de educação Yduqs (YDUQ3) saltam nesta terça-feira (18) após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24). Às 11h40 (horário de Brasília), os ativos subiam 7,70%, a R$ 12,31, chegando a disparar cerca de 10% mais cedo.

A companhia registrou lucro líquido de R$ 13,8 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo o prejuízo de R$ 120,3 milhões apurado no mesmo período de 2023. A empresa apurou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 395,2 milhões no período, avanço de 14,6% sobre um ano antes, com a margem Ebitda (Ebitda/receita) ajustada passando de 28% para de 31,2%.

A XP destaca em relatório que a companhia reportou resultados difíceis de ler, porém positivos, no 4T24, com receita e margem Ebitda ajustada acima de suas estimativas.

Os principais destaques foram: (i) a receita registrou um leve aumento anual, com o crescimento da unidade de negócios (BU) premium compensando os desempenhos ligeiramente negativos das outras; (ii) a margem Ebitda ajustada aumentou, impulsionada por uma maior participação de cursos premium no mix de receitas e aumentos nas margens das BUs Premium e Digital; (iii) a alavancagem ficou estável, (iv) o guidance de LPA (lucro por ação) para 2024 foi alcançado; e (v) a empresa deu algumas informações sobre o ciclo de captação do 1T25, com os cursos Semi Presenciais superando as outras modalidades.

O Bradesco BBI aponta um balanço em linha com as nossas estimativas (0% de diferença no Ebitda ajustado e 4% menor no lucro líquido ajustado), mas mais fortes em relação à geração de caixa.

Para o banco, o principal destaque foi a redução da dívida líquida de R$ 92 milhões no trimestre (contra sua estimativa de R$ 24 milhões), quando ajustada por uma recompra de R$ 70 milhões e R$ 195 milhões das aquisições da Newton Paiva e da Edufor, totalizando R$ 323 milhões em 2024.

Já as matrículas preliminares do 1T25 (83% do ciclo) estão crescendo 2% em base anual (frente a expectativa do BBI de estabilidade), impulsionada por um avanço de 95% no semi-presencial, mais do que compensando por uma queda de 6% no Presencial e 10% no EAD.

Além disso, a Yduqs anunciou um dividendo de R$ 150 milhões (rendimento de 4,7%, representando distribuição de 44% do lucro líquido contábil de 2024), totalizando R$ 530 milhões em retorno aos acionistas em um ano (dividendos de R$ 80 milhões pagos no 2T24 e recompra de R$ 300 milhões concluída em fevereiro).

A Genial também vê um resultado satisfatório.

“Como os trimestres pares não são trimestres de captação, então o mercado já havia se preparado para um fraco crescimento de receita, uma vez que o 3º trimestre já sinalizava que as verticais presencial e digital viriam muito abaixo de seu principal concorrente, Cogna. Isso já era dado, contudo, nos surpreendeu positivamente o rigoroso controle sobre custos e despesas da companhia, principalmente, em relação a despesas com vendas e marketing e PDD [Provisão para Devedores Duvidosos]”, avalia a equipe de análise.

A Genial tem recomendação de compra para as ações da JBS, com preço-alvo de R$ 15, mesma recomendação do Bradesco BBI.

“Reafirmamos nossa recomendação de compra para YDQU3, diante do do valuation (9,4 vezes o múltiplo de preço sobre lucro P/L para 2025, com 36% de crescimento médio ponderado dos lucros entre 2025 e 2027) e uma forte dinâmica de geração de caixa (apesar da maior Selic)”, aponta o BBI.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.


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