Mistério do voo MH370: Buscas são retomadas no Oceano Índico
O mistério sobre o desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines, que sumiu dos radares em 2014, continua a intrigar o mundo. Com 239 pessoas a bordo, o avião partiu de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, na China, mas desapareceu enquanto voava sobre o Oceano Índico.
Após anos de buscas infrutíferas, o governo da Malásia autorizou, nesta quarta-feira (19), o reinício das operações de busca, desta vez com a colaboração da empresa Ocean Infinity. A nova operação será realizada em uma área de 15 mil km² no Oceano Índico Meridional e terá duração de 18 meses. A empresa de exploração só será paga se conseguir localizar a aeronave, o que coloca um incentivo adicional para que os esforços sejam intensificados.
Essa nova fase das buscas surge após o governo da Malásia admitir que novos indícios, considerados “críveis”, foram encontrados, embora ainda não tenha sido revelado o que são essas pistas. As buscas anteriores, que ocorreram entre 2014 e 2017 e custaram aproximadamente US$ 150 milhões (R$ 850 milhões), não trouxeram respostas definitivas e falharam em encontrar novos destroços ou esclarecer o motivo do desaparecimento.
Embora pedaços de destroços tenham sido encontrados ao longo dos anos, principalmente ao longo das costas do Oceano Índico, o caso permanece envolto em mistério, com várias teorias sendo levantadas sobre as possíveis causas do acidente. Uma das suposições mais discutidas é de que o piloto tenha desviado intencionalmente a rota do voo, um argumento que, embora respaldado por algumas evidências, ainda carece de explicações definitivas. Outras hipóteses incluem a possibilidade de que o avião tenha sido abatido por um míssil, uma teoria que encontra respaldo em casos históricos, como o voo 007 da Korean Airlines em 1983. No entanto, os detalhes sobre a natureza dessas alegações continuam sendo debatidos entre os especialistas.
A retomada das buscas visa dar respostas às famílias das vítimas e esclarecer um dos maiores mistérios da aviação mundial. “O governo está comprometido em continuar a operação de busca e proporcionar um encerramento para as famílias dos passageiros”, afirmaram as autoridades malaias em um comunicado. As investigações anteriores, em 2018, indicaram que os controles do avião foram provavelmente manipulados deliberadamente, o que sugere que o voo foi desviado intencionalmente. Contudo, ainda não foi possível determinar se o desvio foi resultado de uma ação deliberada do piloto, ou se outras circunstâncias estão por trás dessa tragédia. As buscas continuam, e a esperança de resolver esse mistério segue viva.
Júlio Rossato