Mercados Globais em Alerta com Tarifas de Trump
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta terça-feira (25), com investidores apreensivos com a possibilidade de aumento da inflação e desaceleração do crescimento econômico, enquanto aguardam as tarifas recíprocas do governo Trump em 2 de abril. No entanto, na segunda-feira, investidores se animaram com reportagens do The Wall Street Journal e da Bloomberg News, sugerindo que a Casa Branca pode restringir o escopo das tarifas que entrarão em vigor. Mais tarde, Trump declarou à imprensa que “pode dar folgas a muitos países” em relação às tarifas. Ele acrescentou, porém, que impostos sobre setores como farmacêutico e automobilístico ainda devem ser implementados “em um futuro próximo”. Os dados de confiança do consumidor de março e as vendas de imóveis novos de fevereiro serão divulgados nesta terça, assim como o índice de manufatura do Richmond Federal Reserve para março. Além disso, a governadora do Fed, Adriana Kugler, e o presidente do Fed de Nova York, John Williams, participarão de eventos ao longo do dia. O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou na segunda-feira que o impacto das tarifas, ao dificultar o progresso da desinflação, levou-o a prever apenas um corte na taxa de juros neste ano, em vez de dois. Os mercados da Ásia-Pacífico tiveram desempenho misto nesta terça, enquanto investidores analisavam as ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump. O Índice Hang Seng, de Hong Kong, liderou as perdas, caindo mais de 2%. Os mercados europeus operam em alta, mesmo com a incerteza sobre o alcance e o impacto das tarifas comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump. As vendas de carros caíram 3,1% em fevereiro em relação ao ano anterior, a maior queda em cinco meses, já que a incerteza sobre a economia levou os consumidores a evitar compras maiores. Os preços do petróleo sobem enquanto investidores analisam o impacto das tarifas dos EUA sobre países que importam petróleo e gás da Venezuela, comparando-o com os efeitos das taxas sobre setores como o automobilístico na economia global e na demanda por petróleo. As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta devido à demanda por aço, mas cortes na produção chinesa restringiram os ganhos. (Com Reuters e Bloomberg)
Júlio Rossato