Leilão do lote Alto Tietê da CPTM nesta sexta-feira
O leilão do lote Alto Tietê, que reúne as linhas 11, 12 e 13 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), será disputado pela CCR (CCRO3) – pela ViaMobilidade – e pela Comporte nesta sexta-feira (28). A entrega da proposta foi feita ontem (25), na sede da B3. De acordo com o Valor, a empresa francesa Transdev também estudou o projeto, mas teria desistido recentemente da licitação. A concessão será de 25 anos e demandará R$ 14 bilhões em investimentos. O vencedor será o licitante que oferecer o maior desconto nas contribuições do estado, sendo o valor máximo de R$ 1,49 bilhão por ano. O governo também contribuirá com mais R$ 10 bilhões para viabilizar as obras. A CCR é vista como a favorita para vencer este leilão, e acredita-se que a Comporte priorizará o projeto das Linhas 10 e 14 que serão leiloados em breve.
A sessão pública do leilão na sexta ocorrerá na B3, em São Paulo, e prevê um investimento de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos da futura concessão, com melhorias significativas para os passageiros e ampliação dos serviços prestados, de acordo com comunicado do governo estadual. Ainda de acordo com a gestão estadual, a concessão trará melhorias operacionais, estruturais e tecnológicas para os passageiros, incluindo a requalificação das três linhas e a ampliação da rede ferroviária. "Serão construídas oito novas estações e reformadas 24 já existentes, além da eliminação de todas as passagens em nível, que serão substituídas por passarelas, viadutos ou passagens subterrâneas, garantindo mais segurança para os passageiros e maior fluidez no trânsito urbano." Até 2040, a previsão é que as três linhas transportem juntas 1,3 milhão de passageiros por dia em média útil. A concessão permitirá a redução do intervalo entre trens, garantindo uma operação mais eficiente nas diferentes linhas, segundo o governo estadual.
As linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda são operadas pela ViaMobilidade desde janeiro de 2022. Ao longo dos últimos anos, porém, ambas registraram inúmeras falhas e o Ministério Público de SP chegou a recomendar que o contrato fosse rompido. Em agosto de 2023, a concessionária assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP se comprometendo a implementar melhorias.
(com Estadão Conteúdo)
Júlio Rossato