Genial Investimentos eleva Itaúsa a Top Pick no setor bancário
A Genial Investimentos elevou a holding Itaúsa (ITSA4) à posição de Top Pick (preferida) no setor bancário, uma vez que a empresa negocia com um desconto excessivo em relação à sua soma das partes (SOTP). Isso representa uma oportunidade atrativa de compra, especialmente diante da iminente eliminação da ineficiência fiscal a partir de janeiro de 2027, com a aprovação da Lei Complementar 204/23, sancionada pela Presidência da República em janeiro de 2025.
Com um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) 21% superior ao do próprio Itaú, a Genial acredita que o desconto entre seu valor de mercado e o valor justo da holding deve se estreitar à medida que o mercado comece a precificar o fim da distorção fiscal — reforçado por sua visão construtiva sobre o Itaú, sua principal investida, que até então ocupava a principal recomendação no setor.
Atualmente, o desconto da Itaúsa gira em torno de 25%, acima da média histórica de 21%, mesmo com o horizonte claro de encerramento da ineficiência gerada pela incidência de PIS/Cofins sobre os proventos de JCP, que representou um custo estimado de R$ 780 milhões em 2024, equivalente a cerca de R$ 650 milhões por ano em condições recorrentes.
Com base no preço-alvo de R$ 40,00 para as ações do Itaú Unibanco e assumindo um fechamento do desconto da holding para 17% em relação à SOTP (soma das partes), a Genial traçou um preço-alvo de R$ 12,73 para Itaúsa, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 31% frente aos níveis atuais.
Bolsas dos EUA recuam com repercussão de PIB e novas tarifas
A aprovação da Reforma Tributária em janeiro de 2025 trouxe maior clareza sobre o fim da ineficiência fiscal da Itaúsa, com impacto significativo a partir de 2027. A nova legislação substitui o PIS/Cofins pela CBS e elimina a tributação sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) recebidos das investidas, o que representa uma economia relevante para a holding.
A Genial estima que a ineficiência fiscal tenha custado R$ 780 milhões em 2024, com um valor presente de R$ 9,6 bilhões, o que explica o desconto de 25% nas ações da Itaúsa em relação à sua soma das partes. A eliminação da bitributação e a reforma fiscal devem tornar a estrutura mais eficiente, reduzindo o desconto de holding e potencialmente valorizando as ações da Itaúsa nos próximos anos.
Júlio Rossato