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Ações Europeias Caem com Temores de Tarifas dos EUA

Ações europeias fecham em baixa devido a incertezas sobre tarifas de Trump. Investidores preocupados com desaceleração econômica global.

Ações Europeias Caem com Temores de Tarifas dos EUA

As ações europeias caíram para seu menor nível de fechamento em dois meses nesta segunda-feira, com investidores cautelosos depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que suas tarifas planejadas serão direcionadas a todos os países, fomentando temores de desaceleração econômica global.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 1,51%, a 533,92 pontos, ampliando as perdas para uma quarta sessão consecutiva e registrando sua maior baixa diária em quase três semanas.

Investidores estão se preparando para as tarifas recíprocas a serem anunciadas pelos EUA em 2 de abril. "Por mais que investidores esperem, é improvável que isso acabe com a incerteza tarifária", disse Jason Draho, chefe de alocação de ativos nas Américas do UBS Global Wealth Management.

"É provável que a incerteza e a volatilidade do mercado permaneçam altas no curto prazo, conforme investidores recalibram suas perspectivas após esses eventos", disse Draho, referindo-se ao dia 2 de abril e à divulgação dos dados de emprego dos EUA nesta semana.

O cenário de tarifas agressivas levou o Goldman Sachs a reduzir sua previsão para o PIB dos EUA e da zona do euro e a acrescentar um corte adicional de 0,25 ponto percentual em suas previsões para o Federal Reserve e o Banco Central Europeu (BCE) nesta segunda-feira.

Dados de inflação da zona do euro serão divulgados na terça-feira. Operadores esperam que os juros sejam reduzidos em cerca de 58 pontos-base até o final de 2025, de acordo com dados compilados pela LSEG.

O aumento da volatilidade impulsionada pelas tarifas pesou sobre as ações do bloco em março. O STOXX 600 perdeu 2,7% neste mês, sua maior baixa mensal desde outubro. No entanto, o índice encerra o primeiro trimestre do ano com alta de 5,2%, seu melhor trimestre em um ano e superando amplamente o desempenho do índice S&P 500, ajudado pelo impulso fiscal da Alemanha e pelas perspectivas de desaceleração do crescimento dos EUA devido ao impacto das tarifas.

No dia, todos os principais setores fecharam em baixa ou ficaram estáveis. O setor de recursos básicos liderou as quedas com uma perda de 3,3% e atingiu seu nível mais baixo desde dezembro de 2020.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,88%, a 8.582,81 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,33%, a 22.163,49 pontos. Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,58%, a 7.790,71 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,77%, a 38.051,99 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,31%, a 13.135,40 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,23%, a 6.865,62 pontos.


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