Bancos Centrais Impulsionam Compras de Ouro
Bancos centrais estão aumentando suas reservas de ouro para diversificar riscos em relação ao dólar e incertezas políticas, impulsionando os preços do ouro.
A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 foi o catalisador para as compras, com mais de 1.000 toneladas métricas adquiridas anualmente desde então, o dobro da média da década anterior.
O ouro atingiu recorde de US$3.167,57 a onça, com aumento de 19% desde o início de 2025 e 71% desde o final de 2022.
No último trimestre de 2024, as compras aceleraram 54%, atingindo 333 toneladas, segundo o Conselho Mundial do Ouro (WGC).
Os bancos centrais dos mercados emergentes detêm cerca de 10% de seus ativos em ouro, mas deveriam aumentar para 30%, representando um acréscimo de 11.000 toneladas, de acordo com Michael Widmer do BofA.
A incerteza sobre a política econômica dos EUA continua, levando os bancos centrais a desdolarizar suas reservas.
As políticas tarifárias de Trump e as guerras comerciais globais têm levado os bancos centrais a buscar mais ouro, com previsão de alta demanda.
Os temores de pressões inflacionárias e a busca por ativos seguros impulsionaram o preço do ouro, com analistas do Macquarie destacando a ausência de risco como fator chave.
Os bancos centrais, terceira maior demanda por ouro, respondem por 23% do consumo global, sendo sensíveis aos preços.
Júlio Rossato