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Comissão do Marco Temporal sem Consenso

Última audiência da comissão termina sem acordo. Discussões se concentram em minutas divergentes. Gilmar Mendes avaliará prorrogação dos trabalhos.

Comissão do Marco Temporal sem Consenso

A última audiência da comissão que busca um acordo sobre o marco temporal terminou sem consenso entre os membros. O ministro Gilmar Mendes avaliará uma eventual prorrogação dos trabalhos, mas ainda não há definição, segundo os juízes auxiliares do ministro. A comissão já foi prorrogada duas vezes. Representantes da União afirmaram que não farão um pedido para postergar a conclusão da comissão.

Os debates se concentraram em duas minutas – uma proposta pelo gabinete do ministro com base nos debates de vários meses na comissão, e a outra apresentada pela União. Os membros se dividiram entre os textos, havendo divergência em quase todos os pontos. Sem consenso, o texto será decidido por votação.

O objetivo é elaborar um anteprojeto de lei para substituir a Lei do Marco Temporal. A Apib, que representa os povos originários, decidiu deixar o grupo e critica a busca de conciliação.

O marco temporal em discussão determina que só podem ser demarcadas as terras ocupadas por povos indígenas em 5 de outubro de 1988. Gilmar enfatiza que a inconstitucionalidade da tese foi pacificada pelo STF. A proposta é focar em um “caminho do meio” na demarcação.

Em fevereiro, Gilmar mencionou que acredita na aprovação do texto se for equilibrado e atender aos interesses dos indígenas e proprietários rurais.


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