Como usar a restituição do Imposto de Renda para construir uma reserva de emergência
Para muitos brasileiros, a restituição do Imposto de Renda é um dinheiro extra que, na maioria das vezes, é usado para pagar contas e outras despesas. No entanto, para quem não tem um destino certo e nem está com dívidas, esse valor pode ser uma oportunidade para iniciar ou fortalecer uma reserva de emergência.
Isso porque a construção de uma reserva é essencial para a segurança financeira. Segundo especialistas ouvidos pelo InfoMoney, além de poupar, a recomendação é direcionar esse dinheiro para investimentos adequados — garantindo sua rentabilidade e preservando o poder de compra, além de mantê-lo sempre disponível para emergências.
Para quem não sabe, a reserva de emergência é um fundo destinado a cobrir despesas inesperadas, como problemas de saúde, demissão ou reparos urgentes na casa ou no carro. A educadora financeira da Neon, Daiane Alves, destaca que é uma quantia que poderá ser utilizada no caso de imprevistos financeiros. “De forma que não deve ser considerada ou mesmo utilizada para cobrir excessos”, diz.
O valor da reserva não é fixo e dependerá do gasto mensal de cada pessoa. No entanto, para saber qual é a quantia ideal para acumular, o ideal é que a reserva seja capaz de cobrir pelo menos seis meses de todos os gastos mensais fixos e essenciais.
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A ideia de construir a própria reserva de emergência é bastante simples, mas a prática pode ser desafiadora, especialmente para quem ainda não tem o hábito de poupar. E é justamente por isso que especialistas frisam que a restituição do Imposto de Renda pode ser o primeiro passo para esse objetivo.
Vale lembrar que a restituição do Imposto de Renda dificilmente será suficiente para cobrir, por completo, os seis meses de despesas sugeridos. Ainda assim, os especialistas reforçam que esse valor pode servir de incentivo para quem tem dificuldade em guardar dinheiro mensalmente.
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Ao pensar em poupar dinheiro, muitas pessoas ainda recorrem à poupança como principal destino. Contudo, embora a caderneta cumpra essa função, não é recomendada pelos especialistas visto que, a longo prazo, nem sempre ela se mostra capaz de preservar o valor ao longo do tempo.
Entre as alternativas mais vantajosas para a reserva de emergência estão os aportes no Tesouro Selic, que oferece liquidez diária e acompanha a Selic, proporcionando maior rentabilidade com segurança, além de CDBs de bancos sólidos com liquidez diária e fundos DI. Vale dizer que esses investimentos permitem o resgate rápido para situações de necessidade, sem grandes perdas.
Júlio Rossato