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Impacto das Tarifas dos EUA na Economia Global

Aumento de tarifas dos EUA para a China gera incertezas nos mercados financeiros e preocupa autoridades econômicas. Reações internacionais e cenário econômico em destaque.

Impacto das Tarifas dos EUA na Economia Global

Impacto das Tarifas dos EUA na Economia Global

Os riscos de um impacto na economia global e de novas quedas acentuadas nos mercados financeiros aumentaram devido às tarifas de importação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Reino Unido está exposto às consequências, disse o Banco da Inglaterra. 'A probabilidade de eventos adversos e a gravidade potencial de seu impacto aumentaram', disse o Comitê de Política Financeira do banco central nesta quarta-feira. Uma grande mudança no comércio global pode prejudicar o sistema financeiro ao enfraquecer o crescimento econômico, disse o comitê em um resumo de uma reunião de dois dias que terminou na terça-feira. 'Como o Reino Unido é uma economia aberta com um grande setor financeiro, os riscos globais são particularmente relevantes para a estabilidade financeira do país', disse o comunicado do FPC. A liquidação nos mercados de títulos globais desde que Trump anunciou seus planos tarifários na semana passada se intensificou nesta quarta-feira. (Reuters)

Cooperação Internacional para Estabilizar o Mercado

O Japão cooperará com o G7 e com o Fundo Monetário Internacional para ajudar a estabilizar o mercado após os danos causados pelas tarifas dos Estados Unidos, disse o principal representante cambial do país nesta quarta-feira. 'A cooperação precisa ser internacional para evitar a instabilidade do mercado', disse Atsushi Mimura a repórteres após uma reunião trilateral de autoridades do Ministério das Finanças do Japão, da Agência de Serviços Financeiros e do Banco do Japão. 'Estamos discutindo urgentemente por meio de vários canais internacionais e bilaterais, incluindo o G7, países asiáticos e organizações internacionais como o FMI, (...) e continuaremos a nos esforçar ao máximo para fazer isso', disse ele. Mimura disse que o governo está 'altamente alarmado' com o movimento do câmbio, incluindo aquele impulsionado por especuladores, observando que o mercado tem estado volátil recentemente. A reunião trilateral é normalmente realizada em épocas de turbulência no mercado, em parte como um gesto de que as autoridades estão dispostas a agir. Uma reunião semelhante foi realizada pela última vez em agosto do ano passado, quando as ações despencaram em todo o mundo. (Reuters)

Desafios Econômicos e Comerciais

Tarifas de Trump abalaram uma ordem comercial global que persiste há décadas, aumentaram os temores de recessão e eliminaram trilhões de dólares do valor de mercado. A preocupação das autoridades do Federal Reserve com os riscos de estagflação durante a reunião do mês passado pode ficar mais clara nesta quarta-feira com a divulgação da ata do encontro, que aconteceu antes do anúncio das tarifas do presidente Donald Trump em 2 de abril. As autoridades do banco central dos EUA reconheceram, em sua reunião de 18 e 19 de março, que a perspectiva havia mudado da confiança na desaceleração da inflação e no crescimento contínuo para um sentimento quase universal de incerteza e preocupação de que os novos impostos de importação dos EUA aumentem a inflação, mesmo quando reduzem a demanda, o crescimento e, talvez, o emprego. 'A incerteza em torno das perspectivas econômicas aumentou', no comunicado de 19 de março, que também abandonou uma referência anterior aos riscos enfrentados pela economia como 'aproximadamente equilibrados' para dizer que estava 'atento aos riscos de ambos os lados de seu mandato duplo'. Esse comunicado, no entanto, foi baseado nos anúncios comerciais iniciais e em outras ações que Trump havia tomado até aquele momento desde seu retorno à Casa Branca em 20 de janeiro. (Reuters)

China e UE Retaliando as Tarifas dos EUA

Os países da União Europeia devem aprovar nesta quarta-feira as primeiras contramedidas do bloco contra as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, juntando-se à China e ao Canadá na retaliação e na escalada de um conflito que pode se tornar uma guerra comercial global. A aprovação ocorrerá no dia em que as tarifas 'recíprocas' de Trump sobre a UE e dezenas de países entram em vigor, incluindo tarifas de 104% sobre a China, ampliando seu ataque tarifário e estimulando vendas mais generalizadas nos mercados financeiros. O bloco de 27 nações enfrenta tarifas de importação de 25% sobre aço, alumínio e automóveis, bem como as novas tarifas mais amplas de 20% para quase todos os outros produtos, de acordo com a política de Trump de atingir os países que, segundo ele, impõem altas barreiras às importações dos EUA. A Comissão Europeia, que coordena a política comercial da UE, propôs na segunda-feira tarifas extras, em sua maioria de 25%, sobre uma série de importações dos EUA em resposta específica às tarifas norte-americanas de metais. A Comissão ainda está avaliando como responderá aos impostos sobre automóveis e outros. (Reuters)

Reuniões e Decisões de Autoridades Econômicas

Na manhã desta quarta-feira (9), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de uma audiência com representantes do Banco Morgan Stanley e investidores, entre 9h15 e 10h15. Em seguida, das 11h às 12h, reúne-se com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego). Ambos os compromissos são fechados à imprensa. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, às 7h (horário de Brasília), da sessão de abertura da 9ª Reunião de Cúpula de Chefes de Estado da CELAC, no Banco Central de Honduras. Às 10h, ele participa de um almoço oferecido pela presidenta de Honduras aos chefes de Estado e delegações. Às 11h10, Lula parte de volta para Brasília. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma reunião às 9h com Wopke Hoekstra, comissário para a Ação do Clima da União Europeia. Às 10h, encontra-se com Flávio César Mendes de Oliveira, presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz).

China Critica Decisão dos EUA na OMC

A China disse à Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta quarta-feira que a decisão dos Estados Unidos de impor tarifas recíprocas a Pequim ameaça desestabilizar ainda mais o comércio global. 'A situação se agravou perigosamente. Como um dos membros afetados, a China expressa séria preocupação e firme oposição a esse movimento imprudente', disse a China em uma declaração à OMC nesta quarta-feira, que foi enviada à Reuters pela missão chinesa na OMC.

Impacto nos Mercados Financeiros

Investidores em Wall Street se frustraram novamente com a guerra comercial entre EUA e China, após o governo Trump retaliar a retaliação chinesa e ampliar as tarifas para 104% contra o país asiático. Os investidores precisarão ver mais estabilidade na política comercial para que voltem às compras, disse à CNBC Robert Ruggirello, diretor de investimentos da Brave Eagle Wealth Management. 'Tem que haver algum poder de permanência, algo onde as corporações possam tomar decisões de alocação de capital de longo prazo. Elas precisam ter confiança em uma política consistente', disse.

Variações nos Mercados Financeiros

Os preços do petróleo caíram para o menor nível em mais de quatro anos no início do pregão desta quarta devido às preocupações com a demanda, alimentadas por uma guerra tarifária crescente entre os EUA e a China, as duas maiores economias do mundo, e uma perspectiva de aumento da oferta. As cotações do minério de ferro na China caíram para mínima de 6 meses e meio com intensificação da guerra comercial global. Petróleo WTI, -3,52%, a US$ 57,48 o barril Petróleo Brent, -3,47%, a US$ 60,64 o barril Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -2,68%, a 689,00 iuanes (US$ 93,88)

Desafios Econômicos no Japão

O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse que o banco central deve avaliar 'sem preconceitos' se a economia está no caminho certo para atingir sua projeção, sugerindo a chance de uma pausa nos aumentos da taxa de juros conforme as tarifas dos Estados Unidos abalam os mercados. Embora ainda esteja abaixo da meta de 2% do banco central, a inflação subjacente do Japão está acelerando gradualmente à medida que os aumentos salariais continuam, disse Ueda nesta quarta-feira, acrescentando que as condições econômicas e de preços estão avançando em linha com suas previsões. 'Mas precisamos prestar a devida atenção aos riscos, especialmente a recente incerteza crescente sobre os acontecimentos na política comercial de cada país', disse Ueda em um discurso, destacando o alarme do Banco do Japão sobre os possíveis danos das tarifas dos EUA. Ueda reiterou que o banco central continuará a aumentar a taxa de juros se a economia seguir melhorando e em linha com suas projeções atuais. (Reuters)

Cenário nos Mercados Acionários

As bolsas europeias abriram em baixa, pressionadas pelo início da vigência das tarifas específicas dos EUA, enquanto os mercados tentam sustentar o otimismo da sessão anterior. Os mercados europeus fecharam em alta na terça-feira, interrompendo uma sequência de quatro dias de perdas. A alta ocorreu após as ações da região Ásia-Pacífico terem iniciado uma recuperação global, à qual as ações americanas também se juntaram inicialmente, antes de recuarem. O desconforto com as consequências das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, e as medidas retaliatórias dos parceiros comerciais dos EUA pesaram sobre os mercados, à medida que as preocupações sobre o anúncio de mais taxas aumentaram e a incerteza persistiu.

Reações na China e na UE

Os índices acionários da China e de Hong Kong fecharam de forma mista nesta quarta-feira, depois que o país publicou um documento oficial indicando abertura para negociações após as tarifas de 104% impostas pelos Estados Unidos, e com as promessas do Estado de apoiar o mercado local. Nesta quarta-feira, a China disse que tomará medidas resolutas e eficazes para proteger seus direitos e interesses em resposta diante das taxas de 104% do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as importações chinesas. A China também divulgou um documento que apontou que Pequim está disposta a se comunicar com Washington para resolver diferenças e atritos que considera normais para as duas maiores economias do mundo.

Atualizações nos Mercados Financeiros

À meia-noite (horário dos EUA) desta quarta-feira (9), entraram em vigor as tarifas recíprocas impostas pelo presidente Donald Trump, incluindo alíquotas de até 104% sobre produtos chineses. A medida mantém vivos os temores de recessão e abala uma ordem comercial global consolidada há décadas. Os índices futuros de Nova York operam sem direção definida neste momento. O agravamento do conflito comercial — com Trump elevando as tarifas sobre produtos chineses para até 104% — gerou críticas de investidores, como Bill Ackman, e levou economistas do JPMorgan e do Goldman Sachs a revisarem para cima a probabilidade de uma recessão nos EUA. O cenário também tende a dificultar a resposta do Federal Reserve (Fed), caso as tarifas pressionem a inflação. Os mercados depositaram suas esperanças nas negociações, mas até agora parece que Washington e Pequim estão caminhando para um confronto.

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