Impacto do Uso de Aquecedores Elétricos na Conta de Luz dos Brasileiros
Com a chegada do inverno e das ondas de frio mais severas em julho, os brasileiros intensificaram a procura por aquecedores elétricos e, junto com o conforto térmico, surge uma preocupação: o impacto na conta de luz. Um levantamento da Bulbe Energia mostra que as buscas online por esse tipo de equipamento cresceram 645% nos últimos seis meses, superando 630 mil pesquisas.
Segundo o estudo, em regiões com temperaturas mais baixas, o uso de aquecedores pode elevar a conta de luz em até R$ 165 por mês. Os estados com maior volume de buscas por esses equipamentos foram Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.
O ranking considera a proporção de buscas por habitante. Em paralelo, o custo de manter os aparelhos ligados quatro horas por dia varia consideravelmente entre essas regiões, refletindo as diferenças nas tarifas de energia. Veja o quadro a seguir:
O destaque negativo vai para o Mato Grosso do Sul, onde o uso de um termoventilador pode elevar a conta em até R$ 164,60 por mês. Já Santa Catarina, apesar do frio e da alta demanda, é o estado com menor custo médio para uso desses equipamentos. A aplicação da bandeira vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh, contribui para esse aumento de até 8% na fatura final.
Entre os tipos de aquecedores mais populares, o termoventilador lidera em potência e consumo, mas também no preço mais baixo e no peso leve. Por outro lado, o halógeno se destaca pelo menor consumo e custo mais acessível no longo prazo, ideal para uso individual e localizado.
O aquecedor a óleo, embora mais caro e pesado, garante calor constante e é silencioso — indicado para ambientes como quartos e salas. O modelo cerâmico, com eficiência intermediária e estrutura mais segura, é recomendado para famílias com crianças ou pets.
Para André Mendonça, diretor de Operações da Bulbe Energia, entender essas diferenças é essencial para um consumo consciente. Afinal, quanto menor a tarifa base, maior é o peso proporcional da bandeira vermelha no valor final.
Na outra ponta do ranking, sete estados figuram entre os que menos buscaram por aquecedores: Maranhão, Piauí, Amazonas, Amapá, Acre, Ceará e Roraima. A baixa procura reflete não apenas as temperaturas mais altas, mas também um hábito de consumo diferente em regiões com menor incidência de frio prolongado.
Júlio Rossato












