Polarização entre Lula e Bolsonaro no Brasil
A polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) segue estruturando o imaginário político brasileiro. Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (17) mostra que o país continua dividido sobre qual dos dois representa maior risco: 44% dizem temer mais uma volta de Bolsonaro à Presidência, enquanto 41% manifestam medo da continuidade de Lula no cargo.
Os números indicam estabilidade em relação aos levantamentos anteriores. Em maio, 45% temiam o retorno de Bolsonaro, ante 40% que apontavam receio com a permanência de Lula. Em março, os índices eram praticamente os mesmos do atual: 44% e 41%, respectivamente.
A menor diferença é de seis pontos porcentuais, quando Lula aparece à frente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por 32% ante 26% das intenções de voto.
Rejeição e Apoio
Jorge Messias responsabilizou deputado por tarifa dos EUA, afirmando que atuação no exterior “conspirou contra o país para livrar o pai da cadeia”. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, o que caracteriza empate técnico entre as duas opções.
Entre os entrevistados, 7% afirmam ter medo igualmente de Lula e Bolsonaro — índice que se mantém desde maio. Já os que não temem nenhum dos dois somam 3%, enquanto 5% disseram não saber ou preferiram não responder.
A pesquisa ouviu presencialmente 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 10 e 14 de julho. O nível de confiança é de 95%.
Recuperação e Temor
O dado reforça um padrão detectado em outras sondagens recentes: embora Lula tenha recuperado terreno desde o início do ano — com queda na desaprovação e leve avanço no apoio à sua reeleição —, ainda enfrenta um sentimento significativo de rejeição e medo da continuidade de seu governo.
Em levantamento divulgado pela AtlasIntel, no início da semana, por exemplo, a desaprovação ao governo Lula caiu seis pontos após o tarifaço de Donald Trump contra exportações brasileiras. Já Bolsonaro, apesar de inelegível até 2030, continua ocupando espaço no debate político e mantém um núcleo fiel de apoio — mas também segue como principal figura que gera temor entre os eleitores.
Júlio Rossato












