Preços da Cesta Básica no Brasil têm Variações em Junho
A cesta básica ficou mais barata em junho na maioria das capitais brasileiras analisadas pela plataforma Cesta de Consumo Neogrid & FGV IBRE. Das oito cidades pesquisadas, sete registraram queda no preço médio dos alimentos. O arroz foi o destaque de baixa, com recuo nos valores em todas as localidades. Já a manteiga e o café (em pó ou grãos) subiram em todas as capitais.
Mesmo com recuo de 1,75% em junho, o Rio de Janeiro segue com a cesta mais cara do país: R$ 969,40 em média. O valor é o menor registrado no ano e representa uma queda de 5,05% em relação a janeiro de 2025, quando o custo era de R$ 1.020,92.
São Paulo teve o segundo maior valor, mas também apresentou retração: -1,04% em junho e -4,58% no semestre. Em Curitiba, a cesta caiu 3,45% no mês, a maior queda mensal entre todas as capitais.
Operação foi a única a ser livrada do imposto por decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes. Ministro Alexandre de Moraes manteve a maior parte do decreto presidencial que elevou o IOF, mas excluiu operações de risco sacado da cobrança.
Em Belo Horizonte, a queda mensal foi de 2,24% (de R$ 706,55 para R$ 690,74). No acumulado do ano, a retração é de 1,98%. Na capital baiana, a cesta caiu 0,73% no mês, mas subiu 5,55% em relação a janeiro, liderando o ranking de inflação no período.
Em Fortaleza, a queda mensal foi de 0,91%, com aumento semestral de 3,36%. Brasília teve recuo de 0,76% em junho, mas alta de 1,09% no acumulado. Veja mais no quadro abaixo.
A única exceção de junho foi Manaus, onde a cesta subiu 0,86%, passando de R$ 755,28 para R$ 761,81. Apesar da alta pontual, a capital amazonense teve a maior queda do semestre: -6,46%. O dado mostra um alívio acumulado mais robusto para o orçamento das famílias manauaras.
Entre os 18 itens analisados, o arroz foi o único a registrar queda em todas as cidades. Os maiores recuos ocorreram em São Paulo (-7,86%), Brasília (-7,09%) e Rio de Janeiro (-5,74%). A ampla oferta interna e condições climáticas favoráveis explicam parte dessa queda.
Em contrapartida, manteiga e café (em pó e grãos) apresentaram aumento de preços em todas as capitais. No caso do café, oscilações no clima e incertezas sobre a safra global pressionaram os valores. A manteiga, por sua vez, foi impactada pela alta no custo do leite, afetado por estiagens prolongadas e elevação nos custos de insumos.
A cesta de consumo ampliada, que inclui produtos de higiene e limpeza, seguiu o mesmo padrão. Em junho, apenas Manaus (+1,55%) e Salvador (+0,53%) registraram aumento nos preços. Nas demais cidades, houve queda: destaque para Curitiba (-10,44%), Rio de Janeiro (-9,49%) e Belo Horizonte (-9,31%).
No semestre, Salvador foi a única a acumular inflação (0,87%). Entre os 33 produtos analisados, o chocolate chamou atenção com alta em sete das oito capitais. O preço da linguiça também aumentou na maioria das cidades, com exceção de São Paulo (-0,09%).
Júlio Rossato
