Ibovespa Futuro opera com leve baixa em 22/07/2025
O Ibovespa Futuro opera com leve baixa nos primeiros negócios desta terça-feira (22), com traders aguardando sinais de progresso nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e parceiros comerciais antes do prazo final de 1º de agosto, enquanto no Brasil o cenário envolvendo as tarifas e o ex-presidente Jair Bolsonaro segue no radar. Às 9h05 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em agosto recuava 0,08%, aos 134.995 pontos.
Oportunidade na renda fixa internacional: acesse gratuitamente a seleção mensal da XP para investir em moeda forte
Faltando pouco mais de uma semana para o dia 1º de agosto, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse na segunda-feira que o governo norte-americano está mais preocupado com a qualidade dos acordos comerciais do que com o seu prazo. Perguntado se o prazo poderia ser prorrogado para os países envolvidos em negociações produtivas com Washington, Bessent disse que o presidente Donald Trump tomaria essa decisão.
Balanços corporativos também vêm ditando o ritmo nos mercados, com o foco recaindo sobre empresas como SAP, UniCredit, Alphabet, Tesla e LVMH durante a semana.
Na cena nacional, investidores seguem acompanhando as reações do Brasil à tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Na véspera, em uma possível alusão às práticas do governo norte-americano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o uso do comércio internacional como “instrumento de coerção e chantagem” é um ato de “inimigos da democracia”.
Depois de Trump ter citado uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro como um dos motivos ao anunciar a taxa sobre produtos brasileiros, a situação do ex-presidente vem marcando o noticiário. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou no final da segunda-feira que os advogados de Bolsonaro prestem esclarecimentos em 24 horas sobre o que o magistrado classificou como descumprimento das medidas cautelares impostas ao ex-presidente.
Em Wall Street, o Dow Jones Futuro caía 0,13%, o S&P Futuro recuava 0,01% e o Nasdaq Futuro tinha queda de 0,08%.
Índices futuros dos EUA operam sem força
Confira as principais informações que devem mexer com os mercados nesta terça
O dólar à vista subia 0,18%, cotado a R$ 5,575 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,03%, aos 5.582 pontos.
As ações da região Ásia-Pacífico tiveram desempenho misto nesta terça-feira, com destaque para o mercado japonês, que reabriu em alta após o feriado, mesmo diante da perda da maioria da coalizão governista na câmara alta nas eleições do fim de semana.
As bolsas europeias operam em alerta desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no início de julho a imposição de uma tarifa de 30% sobre produtos importados da União Europeia, com vigência a partir de 1º de agosto. Bruxelas afirmou que espera concluir um acordo comercial antes desse prazo, mas as negociações seguem indefinidas. Autoridades do bloco já consideram adotar medidas retaliatórias caso não haja consenso.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou na segunda-feira que a entrada em vigor das tarifas no início de agosto “aumentará a pressão sobre esses países para que cheguem a acordos mais favoráveis”.
A SAP, que vem enfrentando um aumento na demanda por suas ofertas baseadas em nuvem, impulsionada pela inteligência artificial, divulgará seu relatório ainda nesta terça-feira, assim como a UniCredit e a Julius Baer.
Os preços do petróleo operam no vermelho, uma vez que preocupações de que a guerra comercial entre os principais consumidores de petróleo, os EUA e a União Europeia, irá restringir o crescimento da demanda por combustível.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, com investidores de olho nas possíveis reformas na oferta da indústria siderúrgica chinesa e nos planos para um grande projeto de barragem.
(Com Reuters)
Felipe Moreira
Júlio Rossato
