O que é a Selic?
A taxa básica de juros do país, a Selic, é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e é usada como referência para as demais taxas de juros praticadas no mercado. Ela é utilizada para controlar a inflação e é uma das principais ferramentas da política monetária do país.
O que muda com a alta da Selic?
Na renda variável, os mercados de ações e fundos de investimentos seguem cercados de desconfiança com um cenário macroeconômico desafiador. Por outro lado, a renda fixa passa a pagar ainda mais nos pós-fixados e se consolida como principal destino do dinheiro dos brasileiros, mas tem desafios importantes no crédito privado.
Recomendações de especialistas
Especialistas recomendam cautela e investimentos em empresas defensivas após alta da Selic para 11,25%. Títulos públicos oferecem boas oportunidades, principalmente nos papéis atrelados à inflação, que pagam IPCA+ 6,8%, e pós-fixados. Prazos intermediários são preferidos. No crédito privado, é preciso avaliar se taxa, qualidade, prazo e indexadores fazem sentido. Analistas estão otimistas com as empresas listadas na B3, mas pessimistas com o cenário macroeconômico. A curva de juros é um fator determinante para o desempenho da Bolsa nos próximos meses. Fundos imobiliários que investem em imóveis físicos devem ter perdas mais significativas, enquanto fundos que investem em dívidas são privilegiados. Multimercados também não devem ser ignorados. O investimento no exterior é recomendado para diversificação em moeda forte. Os especialistas ainda apontam a oportunidade que existe na rentabilidade dos títulos de renda fixa dos Estados Unidos.
Júlio Rossato