Dólar comercial opera em alta
O dólar comercial opera com forte alta perante o real, à medida que investidores analisavam dados de inflação mais fortes do que o esperado no Brasil e novos anúncios de estímulo fiscal pela China que decepcionaram os mercados.
Além disso, investidores segue aguardando o anúncio de medidas fiscais pelo governo. O único compromisso oficial do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira, 8, é a nova reunião para discutir o ajuste fiscal.
Autoridades chinesas anunciaram um programa de US$ 1,4 trilhão, ou ¥ 10 trilhões, para refinanciar a dívida dos governos locais –números que, aparentemente, não impressionaram os mercados sobre esse nova tentativa de apoiar a segunda maior economia do mundo e fazem o minério cair, o que também afeta o real.
Cotação do dólar hoje
Às 12h27, o dólar à vista operava com alta de 1,78%, cotado a R$ 5,776 na compra e R$ 5,777 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,28%, a 5.784 pontos.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 14.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.
Expectativas pelo pacote fiscal
A divisa norte-americana disparava em relação ao real, em meio a expectativas pelo pacote fiscal prometido pelo governo. Inicialmente, o pacote de corte de gastos obrigatórios estava previsto para ser concluído na quinta-feira.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em outubro, gerando percepção de descontrole inflacionário no Brasil, levando investidores a descartarem a moeda brasileira em favor do dólar.
Na quarta-feira, o Copom elevou a Selic em 50 pontos-base, para 11,25%, e não forneceu orientação para suas próximas decisões. No comunicado, os membros da autarquia defenderam que o governo adote medidas fiscais estruturais.
Júlio Rossato