Oito policiais militares são afastados após suspeita de envolvimento em execução
Oito policiais militares investigados por suspeita de envolvimento na execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Ggritzbach, na última sexta-feira (8), em pleno Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), foram afastados preventivamente de suas funções.
Antônio era delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do país, e já havia sido “jurado de morte” pelo grupo. Segundo a SSP-SP, os PMs afastados já vinham sendo investigados pela corregedoria da corporação antes mesmo do crime. Testemunhas haviam os denunciado por atuarem na segurança particular do empresário – o trabalho “extra” sem autorização é vedado pela PM.
Os PMs afastados pela força-tarefa integram o 18º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM-M), na zona norte da capital paulista, e o 23º BPM-M, na zona oeste.
Antônio e o agente penitenciário David Moreira da Silva foram acusados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) pelos assassinatos de Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”. Ambos foram mortos a tiros em 2021, na zona leste da capital paulista.
O empresário deixou a penitenciária de Presidente Venceslau (SP), em junho do ano passado, com tornozeleira eletrônica. Os advogados de Antônio alegavam que seu cliente corria o risco de ser morto pelo PCC dentro da cadeia.
Júlio Rossato