Por que apostas esportivas não são investimentos?
A influenciadora e empresária Nath Finanças chamou atenção em vídeo publicado em seu Instagram por afirmar que apostas esportivas não são investimentos. A fala destoa da maioria das postagens na rede social, que costumam recomendar as apostas online e ensinar a mexer nas bets. No entanto, segundo o 7º relatório FInfluence da Anbima, 95% dos 175 influenciadores de finanças mapeados em suas redes sociais (Instagram, Facebook, YouTube e X) são contrários às apostas esportivas, entre pessoas físicas e jurídicas. Muitos desses influenciadores são procurados por empresas de apostas online para promoverem publicidade, mas a resposta é sempre não por compromisso com o conteúdo. Apenas nove perfis cederam ao dinheiro oferecido pelas empresas, mas são influenciadores de menor alcance.
Abordagem do tema pelas redes sociais
Metade dos perfis (47,3%) optaram por educar seus seguidores sobre as apostas esportivas, enquanto a outra metade (47,7%) escolheu o caminho das críticas. Os influenciadores mostram casos de pessoas que perderam grandes quantias em apostas, alertam sobre os riscos financeiros e os prejuízos em termos de saúde mental. Também há alertas sobre perfis fraudulentos por trás das bets, críticas a celebridades que promovem jogos de azar na internet e avaliações críticas da eficácia e segurança das casas de apostas. O engajamento do assunto é alto e supera a média de interações de todos os perfis de finanças acompanhados pela Anbima no relatório passado, do segundo semestre de 2023. As interações com o tema apostas entre janeiro e julho deste ano foi de 1.846 em média, por post.
Posicionamento dos perfis corporativos
Os perfis corporativos, como o InfoMoney, se concentraram em noticiar as propostas de legalização de cassinos e apostas esportivas, segundo o relatório da Anbima.
Júlio Rossato
