Banco do Brasil revisa provisionamento e preocupa analistas
O Banco do Brasil (BBAS3) apresentou lucro no terceiro trimestre de 2024 (3T24) em linha com as projeções, mas o resultado preocupou os analistas do mercado devido à inadimplência prevista.
A deterioração do cenário do agronegócio contribuiu para impactar negativamente no balanço do BB. A inadimplência aumentou e o Banco do Brasil teve que reforçar o nível de provisionamento e, por consequência, revisou pela segunda vez consecutiva seu guidance de provisionamento para o ano. No segundo trimestre desse ano, o BB havia estimado uma Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) entre R$ 31 bilhões e R$ 34 bilhões para 2024. Agora, passou para entre R$ 34 bilhões e R$ 37 bilhões. Isso deve pressionar o lucro para 2024.
O ROAE anualizado veio em 21%, um patamar ainda saudável. O lucro líquido ficou 0,5% maior do que o segundo trimestre e 6,2% na comparação anual. O Banco do Brasil segue com recomendação de compra, mas o nível de precificação segue bem descontado. O preço-alvo da XP para o Banco do Brasil é de R$ 36,50/ação.
Júlio Rossato