EUA impõem sanções ao Gazprombank da Rússia
Os Estados Unidos impuseram novas sanções ao Gazprombank da Rússia na última quinta-feira (21), segundo o Departamento do Tesouro, com o presidente norte-americano, Joe Biden, intensificando punições contra Moscou pela invasão da Ucrânia antes de deixar o cargo em janeiro.
A medida, que utiliza a ferramenta de sanções mais poderosa do departamento, significa que o Gazprombank não pode lidar com nenhuma nova transação relacionada ao setor energético que entre em contato com o sistema financeiro dos Estados Unidos, proíbe comércio com os norte-americanos e congela seus ativos nos EUA.
Gazprombank é um dos maiores bancos da Rússia
O Gazprombank é um dos maiores bancos da Rússia e pertence parcialmente à empresa de gás Gazprom, de propriedade do Kremlin. A Ucrânia vinha pedindo desde a invasão de fevereiro de 2022 que os EUA impusessem mais sanções ao banco, que recebe pagamentos de gás natural dos clientes da Gazprom na Europa.
As sanções concederam isenções para transações relacionadas ao projeto de petróleo e gás Sakhalin-2 no extremo leste da Rússia até 28 de junho de 2025, de acordo com uma licença geral atualizada publicada pelo Departamento do Tesouro em 21 de novembro. Várias empresas japonesas compram gás natural liquefeito do Sakhalin-2.
50 bancos de médio porte também foram sancionados
O Tesouro dos EUA também impôs sanções a 50 bancos russos de pequeno a médio porte para restringir as conexões do país com o sistema financeiro internacional e impedir que ele abuse desse sistema para pagar por tecnologia e equipamentos necessários para a guerra.
“Essa ação abrangente tornará mais difícil para o Kremlin burlar as sanções dos EUA e financiar e equipar suas Forças Armadas”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
Trump pode remover as sanções
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, teria o poder de remover as sanções, impostas sob uma decreto de Biden, se ele quiser adotar uma postura diferente, disse Douglas Jacobson, um advogado comercial baseado em Washington.
A equipe de transição de Trump não respondeu a um pedido de comentário em um primeiro momento.
Júlio Rossato