Mercados reagem a tensões geopolíticas e dados econômicos
Os mercados financeiros globais estão reagindo a uma série de fatores, como tensões geopolíticas, dados econômicos e anúncios de empresas, nesta sexta-feira.
Europa
Os mercados europeus operam de forma mista, com investidores monitorando de perto novas escaladas na guerra entre Rússia e Ucrânia e antes da divulgação de uma série de dados de manufatura na região.
Ásia-Pacífico
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o pregão sem direção única, com destaque para a queda das ações em Hong Kong e na China. As preocupações com a perspectiva econômica da região continuam, intensificadas pela crescente ameaça de tarifas mais rigorosas às exportações para os Estados Unidos, sob o governo do presidente eleito Donald Trump.
EUA
Os índices futuros dos EUA recuam, mas caminham para encerrar a semana com ganhos. Os investidores estão atentos aos relatórios preliminares do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para avaliar a saúde econômica e o sentimento do consumidor, fatores que podem influenciar as decisões de investimento nos próximos dias.
Investidores em Wall Street foram às compras de ações cíclicas prontas para se beneficiar de uma economia em aceleração e saíram de ações de tecnologia como a Nvidia.
Brasil
O dólar teve nova alta frente ao real, a segunda seguida. O movimento foi na mesma direção da divisa norte-americana, que na comparação com as principais moedas do mundo ficou com o índice DXY em alta de 0,29%, aos 106,98 pontos.
A Petrobras aprovou na véspera o pagamento de 20 bilhões de reais em dividendos extraordinários aos acionistas, em reunião que também confirmou um plano de negócios que prevê investimentos de 111 bilhões de dólares para o período entre 2025 e 2029.
Outros acontecimentos
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, renovou seu apelo pela integração econômica de toda a Europa, argumentando que a intensificação das tensões comerciais globais e uma crescente lacuna tecnológica em relação aos Estados Unidos criam uma nova urgência para a ação.
O núcleo da inflação do Japão manteve-se em outubro acima da meta de 2% do banco central e um índice que elimina o efeito do combustível acelerou, mostraram dados nesta sexta-feira, mantendo a pressão sobre a autoridade monetária para aumentar a taxa de juros.
Os preços do petróleo sobem depois que a Rússia disse ter disparado um míssil balístico contra a Ucrânia e alertou sobre um conflito crescente, aumentando a perspectiva de redução no fornecimento de petróleo bruto.
Júlio Rossato