Lesões em atletas profissionais e a importância das apólices de seguro para clubes esportivos
Em esportes com contato físico intenso, como o futebol americano, lesões de atletas profissionais são comuns e podem gerar prejuízos financeiros para as franquias. Para proteger suas finanças, clubes esportivos têm adotado apólices de seguro, conhecidas como “apólices de desempenho”. Essas apólices reembolsam parte do salário do jogador quando ele se afasta por lesão, garantindo que o jogador receba integralmente seu salário. Esse tipo de seguro é comum na NFL, onde as franquias possuem uma linha de defesa financeira que visa proteger o orçamento de futuras contratações e manter a competitividade.
No Brasil, a Lei Pelé obriga a contratação de seguro de vida e acidentes pessoais para atletas profissionais, mas somente no futebol. Esportes como o MMA e esportes radicais ficam “desprotegidos”. Especialistas apontam que a extensão desse tipo de seguro para outras modalidades é necessária para ampliar a proteção de atletas de elite, com coberturas que vão além do seguro de vida e acidentes, incluindo apólices de desempenho. Clubes de futebol, academias de lutas e associações de MMA poderiam se beneficiar dessas apólices, especialmente com o aumento dos valores de patrocínio e em situações de ausência prolongada dos atletas.
Alguns clubes de elite, como Philadelphia Eagles e San Francisco 49ers, já adotaram as apólices de desempenho para proteger suas finanças. O caso de Aaron Rodgers, estrela do New York Jets, na abertura da temporada de 2023 da NFL, revela a importância do seguro para clubes esportivos. O modelo de proteção estratégica utilizado pelas franquias da NFL pode servir de inspiração para o mercado de seguros no Brasil.
Júlio Rossato