Trader concilia vida pessoal e profissional após nascimento do filho com autismo
Rogério Bastitiolle teve seu primeiro contato com o mercado financeiro em 2019 e passou a investir em ações, estudando sobre as operações. Em 2020, passou a se concentrar mais no mercado financeiro e a realizar swing trade. Uma semana antes de o país adotar medidas de distanciamento social, seu filho nasceu e ele passou a trabalhar em home office. Com o fim da licença de maternidade de sua esposa, que é da área de saúde, ele passou a cuidar do filho em casa. Bastitiolle trabalhava na editora Abril até ser demitido em janeiro de 2021, após 24 anos na casa. Então, decidiu focar no mercado financeiro e investir em day trade em ações e minicontrato futuro. No final de abril de 2021, sua mãe contraiu Covid-19 e faleceu em agosto do mesmo ano. Além disso, seu filho com pouco mais de um ano foi diagnosticado com transtornos do espectro autista. Bastitiolle largou o trabalho e voltou a se dedicar ao trade, operando mini-índice enquanto acompanhava o tratamento do filho. Ele afirma não se considerar um trader profissional, mas sobrevive do trade e paga suas contas com ele.
Conciliando trade e paternidade
A vida de Bastitiolle se tornou uma luta diária após o diagnóstico de seu filho, mas ele encontrou no trade um propósito de vida que lhe permite conciliar sua profissão com a paternidade. Ele leva seu notebook para a clínica onde o filho faz terapia e opera enquanto espera. Bastitiolle não busca enriquecer com o trade, mas sim pagar suas contas e estar presente na vida de seu filho. Ele afirma que o trade não mudou sua vida, mas sim a necessidade que seu filho tem dele.
Júlio Rossato