Cargill corta milhares de empregos
A Cargill, maior empresa de commodities agrícolas do mundo, está cortando cerca de 5% de sua força de trabalho de 164 mil funcionários, após não atingir suas metas de lucro. A redução não afetará sua equipe executiva. A decisão faz parte de sua estratégia para 2030, segundo um memorando interno visto pela Bloomberg.
A pressão sobre a Cargill e concorrentes no comércio de grãos, como Bunge e Archer-Daniels-Midland, aumentou após safras recordes que derrubaram os preços do milho e da soja. A Cargill, em particular, foi afetada pelo menor rebanho de gado dos EUA em sete décadas. A empresa passou grande parte da última década transformando-se no terceiro maior processador de carne bovina dos EUA.
Maioria dos cortes ocorrerá este ano
“A maioria dessas reduções ocorrerá este ano”, disse o CEO Brian Sikes no memorando. “Elas se concentrarão em simplificar nossa estrutura organizacional, removendo camadas, expandindo o escopo e as responsabilidades de nossos gerentes e reduzindo a duplicação de trabalho.”
Os lucros da empresa caíram para US$ 2,48 bilhões no ano até o final de maio, o menor desde 2015-16. Isso representa menos da metade do lucro líquido recorde de cerca de US$ 6,7 bilhões obtido no exercício fiscal de 2021-22.
Cargill apresenta plano claro
“Apresentamos um plano claro para evoluir e fortalecer nosso portfólio, aproveitando as tendências atraentes à nossa frente, maximizando nossa competitividade e, acima de tudo, continuando a atender nossos clientes”, disse a Cargill em um comunicado à Bloomberg. Sikes, 56 anos, assumiu como CEO no início do ano passado. Donnie King, o chefe da concorrente Tyson Foods, disse no início deste mês que sua empresa ainda não havia visto sinais de que os pecuaristas pretendem reconstruir os rebanhos.
De janeiro até outubro, os bens chineses responderam pela maior parcela (31%) das importações realizadas pelo Brasil, um crescimento de 5,2 p.p. em relação ao mesmo período de 2023. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) autorizou o clube a entrar no Regime Centralizado de Execuções (RCE) e concedeu uma liminar ao clube permitindo a renegociação de dívidas.
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Júlio Rossato