Pesquisa aponta piora na avaliação do governo Lula pelo mercado financeiro
Uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (04) mostrou que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva piorou entre gestores, economistas, analistas e operadores de fundos de investimento. A reprovação do presidente subiu de 64% para 90% desde o último levantamento em março, voltando à marca do início do mandato. A pesquisa foi realizada entre 29 de novembro e 3 de dezembro com 105 entrevistas junto a fundos de investimento com sede em São Paulo e Rio de Janeiro.
Avaliação do governo Lula
A avaliação regular do governo Lula caiu de 30% para 7% em relação à pesquisa de março, enquanto a aprovação cedeu de 6% para 3%. Mais de um terço do mercado (37%) entende que o arcabouço fiscal se sustenta apenas até o ano que vem, segundo a Genial/Quaest.
Avaliação do Congresso
Houve uma piora na avaliação do mercado sobre o desempenho do Congresso, cuja reprovação subiu para 41% em relação aos 17% de novembro do ano passado. A pesquisa revelou que 65% dos entrevistados acreditam que Davi Alcolumbre fará maior oposição ao governo do que Rodrigo Pacheco. Na Câmara, 63% entendem que Hugo Motta será mais próximo ao governo do que Arthur Lira.
Eleições de 2026
Sete a cada dez profissionais de fundos (70%) acreditam que Lula tentará a reeleição, mas a maioria (66%) não o vê como favorito. Com Jair Bolsonaro inelegível, 55% apostam na prisão do ex-presidente. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é considerado o candidato da direita na corrida pelo Palácio do Planalto por 78% dos entrevistados, e 82% acreditam que Fernando Haddad disputará o pleito pela esquerda caso Lula não seja candidato.
Confiança do mercado
Na pesquisa, Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, têm o pior resultado de confiança entre as lideranças políticas. Já Roberto Campos Neto é o mais bem avaliado, com 70% de confiança. Quanto ao diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, pouco mais da metade (55%) disseram confiar pouco ou nada.
Júlio Rossato