Nova lista de fraudes na Americanas inclui estoques, fretes e vendas
Agora, passados quase dois anos desde a eclosão da crise, pode-se dizer que o conjunto de fraudes e “desvios de conduta” praticados contra a Americanas pela antiga cúpula da empresa está mapeado. E ele é maior do que se imaginava. Além das falcatruas conhecidas, que abriram um buraco de cerca de R$ 25,2 bilhões na contabilidade da companhia, as novas descobertas incluem a manipulação de dados sobre estoques, vendas e frentes – tudo, como sempre, para garantir um “falso positivo” nos balanços da empresa.
Em relação aos “desvios de conduta”, o novo mapeamento destaca a concessão de benefícios para cúpula da varejista, mas criados por ela mesma (ou seja, um tipo de autoconcessão vantagens). Isso abrangia, por exemplo, o uso de veículos blindados de luxo por parte dos diretores mais graduados, mas sem o consentimento prévio do conselho de administração – o que seria imprescindível nesse caso, dadas as regras de governança da companhia.
A Americanas tinha um mecanismo por meio do qual os executivos recebiam um empréstimo para a aquisição de um carro. Esse tipo de medida fazia parte de uma estratégia para reter funcionários qualificados, oferecendo-lhes alguns mimos, até como uma forma de complemento salarial.
Até aqui, tudo bem. Essa é uma prática comum em grandes companhias. E o financiamento dos automóveis era parcial e pago em parcelas mensais. No fim do processo, o funcionário poderia optar pela quitação da dívida ou pela troca do veículo por um novo.
Clique aqui e leia a reportagem completa no Metrópoles, parceiro do GMC Online.
Júlio Rossato