Ataques de Israel na Síria
Israel atingiu bases do Exército sírio na terça-feira (10) em ataques que diz ter como objetivo impedir que armas caiam em mãos hostis, mas negou que suas forças tenham avançado para a Síria além de uma zona de proteção na fronteira.
Na capital síria, os bancos reabriram pela primeira vez desde a derrubada do presidente Bashar al-Assad, em um grande passo para restaurar a vida normal. As lojas estavam reabrindo, o tráfego retornou às vias, os trabalhadores da construção estavam de volta consertando uma rotatória no centro da cidade e os limpadores de rua estavam varrendo as ruas.
Desde que a fuga de Assad no domingo (08) encerrou mais de cinco décadas de governo de sua família, as tropas israelenses se moveram para uma zona desmilitarizada dentro da Síria estabelecida após uma guerra de 1973. Israel chama a incursão de uma medida temporária para garantir a segurança da fronteira.
Três fontes de segurança disseram na terça-feira (10) que os israelenses avançaram além da zona desmilitarizada. Uma fonte síria afirmou que eles chegaram à cidade de Qatana, vários quilômetros a leste da zona de proteção e a apenas uma curta distância de carro do aeroporto de Damasco.
Bancos e lojas reabrem em Damasco
Os bancos reabriram pela primeira vez desde a derrubada do presidente Bashar al-Assad, em um grande passo para restaurar a vida normal. As lojas estavam reabrindo, o tráfego retornou às vias, os trabalhadores da construção estavam de volta consertando uma rotatória no centro da cidade e os limpadores de rua estavam varrendo as ruas.
Israel nega avanço para além da zona de proteção
Um porta-voz militar israelense disse que as tropas não deixaram a zona desmilitarizada. Israel diz que não está buscando conflito com as novas autoridades na Síria, mas seus jatos têm bombardeado alvos em todo o país nos últimos três dias para garantir que o equipamento militar sírio não caia em mãos hostis.
Ataques aéreos na Síria
Fontes de segurança regionais e oficiais dentro do Exército sírio agora em queda descreveram os ataques aéreos da manhã de terça-feira como os mais pesados até agora, atingindo instalações militares e bases aéreas em toda a Síria, destruindo dezenas de helicópteros e jatos, bem como ativos da Guarda Republicana em Damasco e arredores.
Reação internacional
Egito, Catar e Arábia Saudita condenaram a incursão. A Arábia Saudita disse que a ação “arruinaria as chances da Síria de restaurar a segurança”. O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu a portas fechadas na noite de segunda-feira, e os diplomatas disseram que ainda estavam em choque com a rapidez com que a derrubada de Assad se desenrolou em 12 dias, depois de uma guerra civil de 13 anos que ficou paralisada por anos.
Israel afirmou que seus ataques aéreos continuariam por dias, mas disse ao Conselho de Segurança da ONU que não estava intervindo no conflito da Síria. O país disse que havia tomado “medidas limitadas e temporárias” apenas para proteger sua segurança.
Papel da Rússia na Síria
A Rússia desempenhou um papel importante no apoio ao governo de Assad e na ajuda na luta contra os rebeldes. O líder sírio fugiu de Damasco para Moscou no domingo.
Júlio Rossato