Aumento nos preços de itens natalinos
Os preços dos itens natalinos aumentaram em 10% em comparação ao ano passado. A carne é um dos itens mais afetados, juntamente com bebidas e itens sazonais. O planejamento é a chave para atravessar a fase sem deixar de comemorar.
Compre com inteligência
Para não deixar de comemorar, é recomendável pesquisar preços, comparando valores em diferentes supermercados e aplicativos. É importante também aproveitar as promoções, com descontos sazonais que podem aliviar o orçamento. Substituir produtos caros, optando por itens alternativos, como marcas próprias e itens sazonais, também é interessante, assim como reduzir as quantidades. Além disso, cozinhe em casa. Essas dicas são úteis especialmente agora, quando as pesquisas estão mostrando algumas variações de preços bem acima da inflação acumulada no ano, e enquanto as pessoas estão organizando suas compras.
Itens mais afetados
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP), o aumento dos preços de produtos como batata, azeite, arroz e alho serão os maiores responsáveis pela ceia mais cara em 9,45% neste ano. Entre os itens mais caros da cesta natalina destacam-se o azeite, com alta de 34,3% e o arroz (28,5%), mas também aparece um produto muito procurado nessa época: o bacalhau, que subiu 22,5%. As principais proteínas utilizadas nas festas de fim de ano também ficaram mais caras. O valor do bacalhau passou de R$ 100,94, em dezembro de 2023, para R$ 123,66 em outubro deste ano. Logo atrás aparece o frango, tipo de ave mais requisitada para compor a ceia, com alta de 22,2%, passando de R$ 20,55 para R$ 25,11. A categoria de suínos subiu 9,8%, de R$ 30,63 para R$ 33,64. Os líquidos também não ficaram de fora das elevações nos preços. O suco pronto sofreu reajuste de 16,4%, enquanto o refrigerante de 15%. Já nas bebidas alcoólicas, a cerveja saltou 14,4%, enquanto o vinho subiu 3,1%.
Impactos do aumento
As mudanças climáticas tiveram impactos nesse aumento, como no caso do arroz e da soja, alimento essencial de animais como os suínos, o que acaba influenciando no preço final de diversos itens. A tradicional comemoração deve movimentar R$ 69,75 bilhões em vendas na economia brasileira, um aumento de 1,3% no faturamento do varejo. Mas, neste ano, o Natal mais caro pode comprometer os resultados. Mesmo com os aumentos, a Abras projeta uma alta de 12% nas vendas de itens natalinos, impulsionada por promoções em aplicativos e programas de fidelidade.
Júlio Rossato