Desvalorização do real favorece turismo no Brasil
A desvalorização do real frente ao dólar tem beneficiado turistas estrangeiros que desejam viajar para o Brasil, enquanto os brasileiros estão tendo que desembolsar mais para viajar ao exterior. Segundo um estudo da consultoria Ecosur publicado pelo La Nacion, o custo para quatro pessoas passarem duas semanas no Rio de Janeiro é quase a metade do valor de Mar del Plata. Enquanto isso, passar férias em Cancún é 35% mais barato. Por outro lado, Punta del Este e Miami são 8% e 57% mais caras, respectivamente.
O setor de turismo nacional tem se beneficiado da desvalorização do real. Até setembro de 2024, o setor registrou um faturamento de R$16,9 bilhões, um aumento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. As receitas do turismo nacional atingiram cerca de R$ 148,3 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2024, estabelecendo um recorde nos últimos 13 anos, segundo a FecomercioSP.
Alta temporada de verão promete aumentar viagens no Brasil
Com a aproximação das festas de fim de ano e férias escolares, o período de alta temporada de verão no Brasil promete novos aumentos de viagens, com turistas movimentando todo o setor, de acordo com o Ministério do Turismo. De novembro de 2024 a fevereiro de 2025, as atividades ligadas ao turismo brasileiro podem movimentar até R$ 157,74 bilhões, o que representará a maior receita dos últimos dez anos, baseado em dados da CNC. Praias nordestinas estão no centro da maioria das buscas e comentários na rede mundial de computadores, segundo estudo.
Desvantagem para brasileiros que desejam viajar ao exterior
Enquanto os turistas estrangeiros se beneficiam da desvalorização do real, os brasileiros que desejam viajar ao exterior estão tendo que desembolsar mais dinheiro. A moeda norte-americana chegou a R$6,27 nesta quarta-feira (18), o que torna as viagens internacionais bem mais caras para os brasileiros. O presidente argentino reafirmou que a desvalorização do real torna as viagens ao Brasil mais baratas para os argentinos, enfatizando que os preços em dólares serão mais baixos no país vizinho do que no mercado interno.
Júlio Rossato