Retrato de Paulo Guedes não é incluído na galeria de ex-ministros da Fazenda
O ex-ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, de 75 anos, não teve seu retrato incluído na galeria oficial de ex-ministros exibida na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília. A última foto exibida no local é de Eduardo Guardia, que foi secretário-executivo da pasta sob a gestão de Henrique Meirelles (2016-2018) e assumiu o cargo em abril de 2018, após o antigo titular deixar o posto para disputar as eleições presidenciais daquele ano.
As fotos dos ex-ministros da Fazenda ficam expostas na sala do Conselho Monetário Nacional (CMN), no 6º andar do prédio do ministério. Na última sexta-feira (20), o atual ministro, Fernando Haddad (PT), reuniu jornalistas para um café da manhã no local.
O governo Bolsonaro e a reestruturação da pasta da Economia
Durante o governo Bolsonaro, Guedes comandou um Ministério da Economia “turbinado”, reunindo as estruturas das pastas da Fazenda, Planejamento e Orçamento, Indústria, Trabalho e Previdência Social. Também foi incorporada a secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Em 2021, no penúltimo ano de governo, Bolsonaro desmembrou essa estrutura e recriou a pasta do Trabalho e Previdência.
No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de janeiro de 2023, foram recriados os ministérios da Fazenda, do Planejamento e Orçamento e da Indústria. Ainda na área econômica, Lula criou o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
Falta de explicação sobre a ausência do retrato de Guedes
O Ministério da Fazenda não deu declarações sobre a ausência do retrato de Paulo Guedes na galeria de ex-ministros exposta na sede do Conselho Monetário Nacional. O ex-ministro também não se manifestou sobre o assunto até o momento.
Sobre o autor
Fábio Matos é jornalista formado pela Cásper Líbero, pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou em diversos veículos de comunicação, cobrindo política e economia, e é autor de livros sobre futebol.
Júlio Rossato