Futura presidente do STM considera precoce discussão sobre anistia
A ministra Maria Elizabeth Rocha, futura presidente do Superior Tribunal Militar (STM), afirmou em entrevista que é prematura a discussão a respeito de uma eventual anistia para os envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil e nos ataques aos Três Poderes da República em 8 de janeiro de 2023.
Segundo a ministra, é necessário que todos os envolvidos nos atos sejam devidamente julgados e responsabilizados pela Justiça antes de cogitar qualquer tipo de anistia. Ela afirma que a anistia é uma forma de perdão e não de esquecimento, e que é preciso ter uma visão completa do que aconteceu em 8 de janeiro antes de se falar sobre o assunto.
Punição para os envolvidos
Maria Elizabeth Rocha afirmou que nenhum dos envolvidos, incluindo os militares, está acima da lei e que todos devem ser punidos caso sua participação no episódio seja comprovada. Ela observou que a instituição das Forças Armadas acaba pagando pelo mal agir de determinados membros que a integram e que é desconfortável para qualquer instituição lidar com casos de suspeitas de corrupção ou de agressão à democracia. No entanto, ela ressaltou que é preciso enfrentar esses problemas e que não se pode colocar a sujeira debaixo do tapete.
A ferida aberta do 8 de janeiro
A futura presidente do STM acredita que os ataques do 8 de janeiro ainda não foram totalmente superados e que essa ferida aberta vai demorar para cicatrizar. Ela observou que o episódio deve ser encarado como uma lição para todos os cidadãos brasileiros de que a democracia é um processo contínuo que exige vigilância e reflexão. Segundo Maria Elizabeth Rocha, os brasileiros podem confiar na Justiça Militar do país, que busca votar com sabedoria e isenção em casos de gravidade tamanha como esse.
Júlio Rossato