Biden apresentará novas sanções contra economia russa
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentará novas sanções contra a economia da Rússia nesta semana, de acordo com uma autoridade norte-americana, como parte de medidas para reforçar o esforço de guerra da Ucrânia contra Moscou antes do retorno de Donald Trump à Casa Branca.
As medidas ocorrem no momento em que o governo Biden também está preparando 500 milhões de dólares em nova ajuda militar para a Ucrânia nesta quinta-feira (09), que deve incluir mísseis de defesa aérea, munições ar-terra e equipamentos de apoio para caças F-16, disse uma autoridade que não quis ser identificada.
O retorno de Trump em 20 de janeiro tem despertado a expectativa de uma resolução diplomática para pôr fim à invasão de Moscou, mas também o temor em Kiev de que um processo de pacificação rápido poderia ter um preço alto.
Assessores de Trump apresentam propostas para acabar com guerra na Ucrânia
Os assessores de Trump têm apresentado propostas para acabar com a guerra na Ucrânia que, na prática, cederiam grande parte do país à Rússia em um futuro próximo.
Eles dizem que desejam colocar a Ucrânia em uma posição mais forte no campo de batalha para fornecer uma vantagem em possíveis negociações com a Rússia este ano.
Não houve detalhes imediatos sobre as sanções que Biden aplicará em seus últimos dias no cargo, mas seus assessores estão informando os funcionários de Trump sobre as medidas que estão tomando, disse a autoridade.
Ucrânia pressiona por apoio em termos de armamentos
O governo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, tem pressionado por um apoio maior em termos de armamentos do que Biden estava inicialmente disposto a oferecer, mas acabou oferecendo, levando a encontros privados sobre tópicos que incluem tanques Abrams, caças F-16 e mísseis de longo alcance.
Em retrospecto, disse o funcionário dos EUA, nenhuma dessas medidas têm resultado em grandes ganhos para a Ucrânia no campo de batalha.
A Ucrânia pode precisar de compromissos de segurança, incluindo a possível adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), para evitar um futuro ataque russo após as negociações de paz, disse a autoridade dos EUA. A Rússia lançou sua invasão em fevereiro de 2022.
Júlio Rossato