Fundos imobiliários recomendados para 2025
Fundos imobiliários com patrimônio de até R$ 7,3 bilhões e dividend yield (taxa de retorno com dividendos) de 16,9% estão entre as apostas do mercado para quem busca a geração de renda passiva com dividendos de FIIs em 2025.
O InfoMoney compilou as recomendações de importantes instituições financeiras e casas de análises que listaram os FIIs favoritos para o ano que se inicia. O estudo tomou como base relatórios e artigos da Suno, Nord Research, XP Investimentos, BB Investimentos, Empiricus e Santander Corretora.
FIIs de Recebíveis
“Com inflação desancorada e retomada do ciclo de alta de juros, o segmento [dos FIIs] de recebíveis deve apresentar bom patamar de dividendos e potencial para valorização das cotas, se consolidando como uma boa opção para os investidores se posicionarem”, avalia André Oliveira, analista do BB, que traça um cenário mais desafiador para os fundos de ‘tijolo’. “No entanto, acreditamos que o atual patamar de desconto que alguns FIIs negociam aliado a boas teses ainda propicia algumas boas oportunidades para alocação”, pondera o especialista em recente relatório.
BTLG11
O BTLG11 tem hoje um portfólio formado por 35 imóveis, que representam uma área bruta locável (ABL) de 1,3 milhão de metros quadrados. 47% da área está ocupada por empresas do setor de logística e 97% dos contratos de locação são corrigidos pelo IPCA.
XPML11
“O fundo é a nossa preferência para o segmento de shopping”, diz Flávio Pires, da Santander Corretora, que destaca o portfólio do fundo, voltado para o público de média e alta renda. “Com cotas negociadas com desconto de 15% em relação ao valor patrimonial, estimamos um dividend yield de aproximadamente 11,2% nos próximos 12 meses”, completa. O fundo atualmente tem participação em 23 shoppings e mais de 4.700 lojas, de acordo com dados do último relatório gerencial.
TRXF11
“Boa alternativa de investimento para 2025, especialmente pela maior quantidade de contratos atípicos, diversificação de locatários, perfil voltado a renda urbana e expressivo prazo médio contratual”, contextualiza relatório da Suno sobre o fundo. “[As características conferem uma boa previsibilidade de rendimentos ao Fundo – inclusive, podendo ser maximizada por eventos não-recorrentes com lucros de vendas de imóveis”, complementa o texto. Conforme aponta o último relatório gerencial do fundo, 47% dos imóveis estão locados para empresas do segmento atacadista. O Assaí responde por 30% da receita do FII de renda urbana da TRX.
JSRE11
Daniel Marinelli, analista do BTG Pactual destaca a excelente liquidez do fundo – um dos mais negociados no mercado – e o portfólio formado com viés de carrego, ou seja, pela aquisição de ativos que devem ser levados até o vencimento. “A alocação em ao menos 50% de todas as operações da carteira também permite ao fundo aprovar qualquer tema relevante aos créditos em assembleia de devedores”, completa. O fundo também tem sido apontado como alternativa para quem busca proteção contra a elevação da Selic, já que a carteira está mais de 95% exposta ao CDI, que acompanha a taxa de juros.
Investimentos em FIIs
Os fundos imobiliários captam recursos entre os investidores para a compra de imóveis que, posteriormente, podem ser alugados ou vendidos. As receitas obtidas nas transações – locação ou ganho de capital – são distribuídas entre os cotistas, na proporção em que cada um aplicou. Normalmente, os rendimentos (dividendos) dos FIIs são depositados mensalmente na conta dos cotistas e os recursos são isentos de Imposto de Renda, uma das principais vantagens do produto. Há fundos até de cemitérios.
No mercado, o investidor também tem a opção dos FIIs de “papel”, que investem em títulos de renda fixa ligados ao segmento imobiliário. Os papéis são indexados a índices de preço e à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário).
Fonte:
Status Invest – 02/01/2025
Júlio Rossato