Oposição protesta contra posse de Maduro na Venezuela
Nesta sexta-feira, Nicolás Maduro foi empossado como presidente da Venezuela para mais um mandato de seis anos em meio a protestos da oposição liderada por Edmundo González Urrutia e María Corina Machado. A eleição controversa de 2024 foi contestada interna e externamente, mas Maduro gravou uma mensagem em vídeo distribuída em redes sociais comemorando a chegada do “dia histórico”. Após a posse, marcada para o início da tarde, está agendada uma marcha de apoiadores pelas maiores avenidas de Caracas, que vai terminar num encontro em frente à Assembleia Nacional, onde será realizado um concerto popular batizado de “Viva Venezuela Fest”, a partir das 17h.
Ex-candidato promete retornar à Venezuela para prestar juramento
Do lado da oposição, o ex-candidato González Urrutia prometeu que retornará à Venezuela para prestar juramento, depois de ter sido obrigado a fugir do país alegando perseguição e ameaças pelo regime de Maduro. Ele chegou a fazer uma turnê nos últimos dias que o levou à Argentina, Estados Unidos, Panamá e República Dominicana para obter apoio. Corina chamou a população contrária à posse de Maduro às ruas ontem. “Chegou a hora (…) Todos nós sabemos que isso acabou”. “Deixe o medo ter medo de nós”, disse pouco antes de ser detida.
Fechar fronteiras com a Colômbia
Por precaução, o governador do estado de Táchira, Freddy Bernal, anunciou que as fronteiras com a Colômbia ficarão fechadas até segunda-feira (13) para evitar perturbações na paz dos venezuelanos. O governo garante que ao menos 100 delegações internacionais são esperadas na cerimônia solene nesta sexta-feira em apoio ao presidente Maduro. Mas não estarão presentes antigos ou atuais aliados, como o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o colombiano Gustavo Petro ou o nicaraguense Daniel Ortega.
Júlio Rossato