Azul e Gol assinam memorando de entendimentos para combinação de negócios
As companhias aéreas brasileiras Azul e Gol assinaram um memorando de entendimentos para explorar uma possível combinação de negócios. O acordo é uma fase inicial de um processo de negociação para explorar a viabilidade de uma possível transação. A notícia animou o mercado, com ADRs da Azul subindo cerca de 10% no pré-mercado.
Impacto positivo
O negócio pode criar um impacto positivo de R$1,90 por ação da AZUL4, provenientes de sinergias de receita e custo, segundo o BBI. As sinergias podem vir de maior conectividade, otimização da frota entre Azul e Gol, redução do imposto sobre combustível, consolidação da escolha do cliente, crescimento internacional, entre outras eficiências gerais.
Estrutura de propriedade e governança
Os acionistas controladores da ABRA e da Azul podem deter 31% e 7%, respectivamente, da nova companhia. A estrutura de propriedade será definida através de uma avaliação não divulgada. A estrutura de governança acordada não depende da estrutura acionária. O Conselho de Administração será composto por três membros nomeados pelo Abra, três membros nomeados pelos acionistas da Azul e três membros independentes selecionados mutuamente por ambas as partes.
Processo de aprovação
O processo no órgão antitruste Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode levar de 6 a 9 meses. O BBI espera que o negócio seja aprovado com restrições devido à concentração de slots aeroportuários no aeroporto de Congonhas. Os analistas mantêm suas recomendações para a Azul, com outperform e preço-alvo de R$6, e para a Gol, com recomendação underperform e preço-alvo de R$0,50.
Júlio Rossato