Participação do Brasil em Davos 2025
O Fórum Econômico Mundial (WEF) de Davos começou nesta segunda-feira (20) e é tradicionalmente um dos maiores palcos de discussão sobre economia global, tecnologia, sustentabilidade e política internacional. No entanto, junto com uma participação brasileira reduzida, a edição de 2025 acontece em um contexto desafiador: com o cenário internacional marcado por incertezas geopolíticas, tensões comerciais e a polarização política.
Redução da participação do Brasil
Questões domésticas desempenham um papel central na escolha de uma delegação mais modesta. O Brasil enviará uma delegação reduzida de autoridades governamentais, composta pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o governador do Pará, Helder Barbalho. A falta de uma delegação mais robusta por parte das autoridades públicas pode ser interpretada como uma oportunidade perdida de alinhar as agendas de Davos e da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA).
Impacto nos debates
A posse de Donald Trump para o seu segundo mandato nos Estados Unidos tem gerado expectativas (e incertezas) quanto às políticas econômicas e comerciais daquele país em relação ao restante do mundo. Isso pode influenciar não apenas as discussões, mas também as decisões tomadas pelos países participantes. Ainda assim, o Fórum procura alinhar estratégias globais e apresentar soluções para desafios complexos, reunindo líderes empresariais, chefes de Estado e especialistas de todo o mundo.
Importância estratégica do evento
Mesmo com a participação brasileira em Davos sendo mais discreta este ano, o evento permanece como uma plataforma estratégica para o país. O Fórum é um espaço de networking, onde governos e empresas podem promover reformas, atrair investimentos e apresentar grandes projetos ao cenário global. O setor privado brasileiro toma a frente em Davos, com a estreia da Brazil House com a participação de grandes empresas e investidores.
Júlio Rossato