Observando o alinhamento planetário
Nesta terça-feira (21), os paraenses terão a oportunidade de observar o alinhamento dos planetas. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) deu dicas dos melhores lugares para assistir ao espetáculo. Para acompanhar o fenômeno natural, o céu precisa estar limpo.
Mais chances de ver o alinhamento
Moradores dos extremos Oeste e Sudoeste do estado, divisa com Santa Catarina e fronteira com a Argentina, respectivamente, têm mais chances de encontrar uma noite sem chuva. Entretanto, nem todos os municípios dessas localidades terão o céu limpo por causa da nebulosidade. Segundo o meteorologista do Simepar, Lizandro Jacobsen, as chuvas são muito rápidas e localizadas nesta época do ano, portanto, mesmo com a tendência de chuva no interior, algumas pessoas fora dos extremos também podem ter sorte de estar no momento certo com o céu parcialmente nublado.
O que é o alinhamento dos planetas?
De acordo com o professor Amauri Pereira, coordenador do Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná, os planetas estão sempre alinhados. O plano da órbita dos planetas é muito próximo da órbita que a Terra faz em torno do Sol. O que estão chamando de alinhamento dos planetas nesta terça-feira será, na verdade, mais de uma conjunção planetária, ou seja, quando os planetas estão a menos de cinco graus de arco no céu.
Onde observar os planetas?
O professor indica que as pessoas devem olhar no horizonte oeste, entre as 19h e as 20h. Neste horário, a lua, que está no quarto minguante, ainda não estará muito visível. O astro mais brilhante do céu, depois do sol, será Vênus. A esquerda dele será visível algo como uma estrela laranja, que será Saturno. Ambos os planetas estarão na Constelação de Aquário. Júpiter estará no meio do céu, perto da Constelação de Touro. Outro astro brilhante que poderá ser observado na mesma distância de Saturno e Vênus é a estrela Aldebaran, a Alfa da Constelação de Touro. Marte, o astro laranja, estará perto do horizonte nordeste, ao lado de outras duas estrelas da Constelação de Gêmeos: Castor e Pollux. Urano e Netuno não serão visíveis a olho nu, somente com telescópios.
Júlio Rossato
