População de macacos cresce na Tailândia e preocupa turistas e moradores
O aumento da população de macacos na Tailândia tem gerado preocupações para turistas e moradores. Recentemente, uma influenciadora brasileira foi mordida por um macaco em uma praia tailandesa, o que chamou ainda mais atenção para o problema.
A crescente população desses animais tem afetado até a economia do país, que antes da pandemia era o segundo maior destino turístico da Ásia, com quase 40 milhões de visitantes. O número de turistas em 2022 caiu para 11,1 milhões e se recuperou em 2023, atingindo 28 milhões de pessoas, mas ainda não atingiu o patamar de 2019.
A situação em Lop Buri
Os macacos que vagam pela província de Lop Buri, no centro do país, são um símbolo da cultura local e um grande atrativo turístico. Eles têm até um festival em novembro em sua homenagem, o Monkey Buffet Festival, realizado desde 1989. No entanto, nos últimos anos, vários ataques têm sido registrados, e as autoridades admitiram que perderam o controle sobre os macacos.
Calcula-se que cerca de 2,2 mil desses animais circulam livremente pela cidade, roubando comida dos humanos e atacando veículos, o comércio e casas. Gangues rivais de macacos também já travaram batalhas nas ruas.
Compensações financeiras para vítimas de ataques
Após o aumento de casos, o governo estipulou compensações financeiras para quem sofrer ataques não só de macacos, mas também de elefantes, ursos e gauros. As compensações vão de valores de 30 mil a 100 mil bath, dependendo do caso, e há ainda compensações diárias de 300 bath nas internações hospitalares.
Plano para tentar resolver o conflito
Autoridades tailandesas especializadas em vida selvagem apresentaram um plano para tentar trazer paz nesse tipo de conflito. A ideia é capturar cerca de 2.500 macacos urbanos em todo o país e colocá-los em enormes instalações reservadas. Eles passaram a trabalhar com especialistas em vida selvagem para encontrar uma maneira de permitir que um número limitado de macacos pudesse continuar em liberdade na cidade.
Uma campanha oficial de captura de macacos foi lançada, priorizando os machos alfa mais agressivos. Mas, embora as capturas tenham sido frequentes e o número de cativos tenha chegado a 1,6 mil, as instalações temporárias não se mostraram totalmente seguras. No final do ano, cerca de 300 macacos escaparam de sua jaula em um berçário e invadiram a delegacia de polícia de Tha Hin.
Júlio Rossato