Trump planeja fechar Departamento de Educação dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está preparando uma ação para enfraquecer ou até mesmo fechar o Departamento de Educação do país, segundo o Wall Street Journal, que divulgou a informação nesta quinta-feira (6).
O republicano deve assinar uma ordem executiva instruindo a secretária de Educação, Linda McMahon, a “tomar todas as medidas necessárias para o fechamento do Departamento de Educação” na “magnitude apropriada e permitida por lei”.
A medida precisaria ser aprovada pela Câmara e pelo Senado para ser enviada ao presidente Donald Trump para ser sancionada como lei.
Foi a primeira grande decisão do tribunal contra a Casa Branca desde a volta do presidente ao poder.
Segundo o jornal, a ordem executiva deve ser assinada ainda nesta quinta-feira. No entanto, o fechamento do Departamento de Educação depende da aprovação do Senado, onde seria necessário garantir ao menos 60 votos entre os 100 senadores.
Uma alternativa para Trump seria reduzir significativamente as operações do Departamento de Educação, sem precisar fechá-lo completamente.
Essa não é a primeira vez que Trump e McMahon criticam o Departamento de Educação. Durante a campanha eleitoral do ano passado, Trump prometeu reduzir o “setor da educação governamental” e combater o que ele chamou de “abuso do dinheiro para doutrinar a juventude americana”.
McMahon, que foi confirmada pelo Senado para o cargo de secretária de Educação na última segunda-feira (3), é uma crítica constante ao que considera ser a “excessiva concentração de poder” do governo federal sobre a educação. Ela defende a ideia de “financiar a liberdade educacional, não o governo”.
O governo do republicano ainda poderia tentar uma transferência das responsabilidades do órgão de gestão educacional federal para os estados. Atualmente, mais de 85% do financiamento das escolas públicas nos EUA é proveniente de governos estaduais e locais.
O desmonte do Departamento de Educação também afetaria programas essenciais, como os subsídios destinados a escolas carentes e a supervisão dos empréstimos estudantis, que são fundamentais para milhões de estudantes americanos que não conseguem pagar as mensalidades das universidades integralmente.
Marina Verenicz
Júlio Rossato
