Risco de Liquefação em Mianmar Após Terremoto
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) alertou para o alto risco de liquefação do solo em Mianmar após um terremoto de magnitude 7,7 atingir o centro do país asiático na sexta-feira, 28. Tailândia e China também sentiram os tremores.
Até o momento, o desastre matou 1.002 pessoas no país, número que continua subindo em meio aos esforços de resgate. O governo militar afirmou neste sábado, 29, que outras 2.376 ficaram feridas e 30 estão desaparecidas.
De acordo com o USGS, a liquefação desencadeada pelo terremoto pode ser extensa em gravidade e amplitude, superando 1 mil metros quadrados e atingindo mais de 1 milhão de pessoas. O risco de deslizamentos também foi considerado extenso.
Na prática, essa instabilidade do solo pode fazer com que edifícios se inclinem e que a superfície do solo fique permanentemente deformada. A liquefação também pode fazer com que areia e água sejam expelidas em “vulcões de areia”, afirma o órgão.
A liquefação provoca uma propagação lateral, uma vez que o solo encharcado perde sua resistência devido ao terremoto. Dessa maneira, partes do terreno se movem lentamente para os lados, especialmente em áreas com leves inclinações.
O USGS aponta que, embora a liquefação possa causar grandes danos a edifícios e infraestruturas, no passado ela não resultou em tantas mortes quanto os deslizamentos de terra, que também pode ser extenso no Mianmar após o terremoto.
Júlio Rossato