Desigualdade Salarial entre Mulheres e Homens no Brasil
Em 2024, mulheres brasileiras receberam salários, em média, 20,9% menores do que os homens em mais de 53 mil estabelecimentos pesquisados com 100 ou mais empregados. A diferença salarial se manteve praticamente estável em relação a 2023 e 2022. No caso das mulheres negras, o salário médio é ainda menor. O 3º Relatório de Transparência Salarial e Igualdade Salarial foi divulgado pelos ministérios da Mulher e do Trabalho e Emprego (MTE) nesta segunda-feira (7), analisando 19 milhões de empregos. Nas áreas de alta gestão, a disparidade salarial é ainda maior, com mulheres ganhando significativamente menos que os homens, especialmente as que possuem nível superior. A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, destaca a necessidade de mudanças estruturais na sociedade para eliminar essa desigualdade persistente. Alguns estados brasileiros apresentaram menores desigualdades salariais. A pesquisa também apontou melhorias na representatividade das mulheres negras no mercado de trabalho. Apesar do aumento do número de mulheres empregadas, a porcentagem da massa salarial feminina se mantém estável. Caso houvesse igualdade salarial entre gêneros, a economia teria recebido um aporte significativo em 2024.
Júlio Rossato