Brasil reafirma compromissos contra violência infantil em conferência mundial
O Brasil reafirmou à comunidade internacional oito compromissos pela eliminação da violência contra crianças. Os compromissos foram apresentados pela ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo (PT), ao participar, na última quinta-feira (7), da 1ª Conferência Ministerial Global para o Fim da Violência contra a Criança, em Bogotá (Colômbia).
Entre os compromissos divulgados pelo governo brasileiro, estão o desenvolvimento de um protocolo nacional unificado para atender crianças e adolescentes vítimas de violência, incluindo aquelas que ocorrem em ambiente digital; o fortalecimento de iniciativas de segurança escolar e prevenção contra discriminação e discurso de ódio; e o diálogo entre níveis governamentais e diversos setores sociais para difundir a prevenção da violência contra esse segmento social.
Em relação ao desenvolvimento de um ambiente digital seguro, o Brasil se comprometeu a aprimorar métodos de verificação etária e proteção de dados, além de apoio universal para pais e cuidadores.
Também foram pactuadas ações voltadas para a prevenção ao uso de substâncias ilícitas, violência e criminalidade – com foco em proteção social e prevenção de homicídios em territórios periféricos.
Todas as ações serão monitoradas e relatadas anualmente no Plano Plurianual 2024-2027.
Cerca de 200 países participam da conferência. Ao longo do evento, os países apresentaram as posições de seus governos em sessões de compromissos nacionais. Na ocasião, a ministra reafirmou o compromisso brasileiro com a proteção de crianças e adolescentes por meio de compromissos e iniciativas coordenadas para fortalecer a segurança, a proteção e o cuidado integral.
Entre os principais objetivos da Conferência Ministerial Global para o Fim da Violência contra a Criança, que termina nesta sexta-feira (8), está a redefinição das ambições coletivas para concretizar a meta da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (ODS 16.2) de que todas as crianças vivam livres da violência.
A expectativa é a de que, ao fim do encontro, os países signatários da conferência emitam o documento “Chamada para a Ação”, também conhecido como Declaração de Bogotá.
Júlio Rossato