População em favelas no Brasil avança para 8,1% em 2022
A proporção de pessoas morando em favelas e comunidades urbanas no Brasil avançou de 6,0% para 8,1% entre 2010 e 2022, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
O Censo 2022 do IBGE identificou 12.348 favelas naquele ano, onde viviam 16.390.815 pessoas. A pesquisa de 2010, foram encontradas 6.329 comunidades urbanas desse tipo, onde residiam 11.425.644 pessoas.
Regiões e Estados
Entre as 20 favelas e comunidades urbanas mais populosas do País, oito estavam na Região Norte (sete delas em Manaus), sete no Sudeste, quatro no Nordeste e somente no Centro-Oeste (a do Sol Nascente).
Os Estados com as maiores proporções de sua população residindo em favelas eram Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%).
Perfil da população
A população das favelas era mais jovem que a do país como um todo, com idade mediana de 30 anos. Além disso, as proporções de pardos (56,8%) e pretos (16,1%) na população das favelas era superior aos percentuais observados na população total (45,3% e 10,2%, respectivamente). Por outro lado, a proporção das pessoas brancas na população das favelas (26,6%) era bastante inferior ao percentual observado na população do país (43,5%).
Infraestrutura
Entre os domicílios particulares permanentes ocupados nas favelas e comunidades urbanas, 86,4% possuíam ligação à rede geral e utilizavam-na como forma principal de abastecimento de água. Quanto ao esgotamento sanitário, 74,6% dos domicílios brasileiros em favelas estavam conectados à rede geral, rede pluvial, fossa séptica ou filtro. A quase totalidade (99,9%) dos domicílios em favelas possuíam banheiro e sanitário de uso exclusivo do domicílio.
Júlio Rossato