Locadora de caminhões Vamos tem lucro líquido de R$ 175,1 mi no 3º tri de 2024
A locadora de caminhões, máquinas e equipamentos Vamos, controlada pela Simpar, reportou lucro líquido consolidado de R$ 175,1 milhões no terceiro trimestre de 2024. A cifra é 51,2% maior que a registrada um ano antes.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) no período somou R$ 868,2 milhões, com crescimento de 27,2% na comparação com o terceiro trimestre de 2023.
Receita líquida e alavancagem
Entre julho e setembro deste ano, a receita líquida consolidada da companhia bateu R$ 1,975 bilhão. A cifra é 33,3% maior que a registrada nesse mesmo período em 2023. A alavancagem da companhia medida pela relação dívida líquida e Ebitda caiu para 3,21 vezes.
“A tendência é continuar a trajetória de desalavancagem em 2025”, afirmou Gustavo Couto, CEO da Vamos, em entrevista ao InfoMoney.
Locação e concessionárias
O negócio de locação, core business da Vamos, trouxe receita de R$ 1,131 bilhão no trimestre, 35% a mais que um ano antes. O montante engloba o faturamento de R$ 923,8 milhões com serviços, que teve crescimento anual de 32,9%; e R$ 207,5 milhões da ativos seminovos, que bateu recorde no período, segundo a companhia, com crescimento de 45,6%. O Ebitda da unidade de locação avançou 25,1% em relação ao terceiro trimestre de 2023, para R$ 842,8 milhões.
A parte de concessionárias da empresa, que foi um detrator do balanço no segundo trimestre deste ano, exibiu sinais de recuperação. A receita líquida da divisão totalizou R$ 765,4 milhões, com alta de 30,5% em relação a um ano atrás. O Ebitda, por sua vez, totalizou R$ 19,9 milhões, ante um desempenho negativo em R$ 0,9 milhão no mesmo período em 2023.
Provisões para devedores duvidosos e cisão de negócio
O CEO não acredita que as provisões para devedores duvidosos (PDD) vão voltar a crescer, como ocorreu no segundo trimestre, alegando que a companhia se antecipou a provisionar contas que ainda não haviam vencido. A cisão do negócio de concessionárias em uma empresa separada foi proposta pela controladora, a Simpar, mas ainda precisa ser avaliada pelo conselho da Vamos e ter o aval de seus acionistas.
“Com uma empresa 100% focada na alocação, vamos poder fazer alianças com outras marcas de produtos. Hoje, pelo fato de também sermos concessionária, isso está um pouco limitado”, explica Couto. “Vamos ganhar liberdade de ação”.
Júlio Rossato