Produtora de fertilizantes Mosaic tem lucro abaixo das expectativas de Wall Street
O lucro trimestral da produtora de fertilizantes Mosaic ficou abaixo das estimativas de Wall Street, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (12), com a companhia sendo afetada por problemas de produção.
A Mosaic havia cortado sua previsão de produção para o terceiro trimestre em setembro, após falhas de equipamento no Canadá e furacões na Costa do Golfo dos EUA.
A empresa também nomeou Luciano Siani como seu novo diretor financeiro, com início a partir de 1º de janeiro.
Nova nomeação
Ele vai suceder Clint Freeland, que está se aposentando de seu cargo de vice-presidente executivo e CFO, mas continuará como consultor sênior até 1º de julho.
Siani foi CFO da mineradora brasileira Vale (VALE3) por quase uma década e também atuou no conselho da Mosaic por mais de quatro anos até agosto de 2022, de acordo com seu perfil na plataforma LinkedIn.
Expectativas não atendidas
Sua nomeação ocorre após o décimo trimestre consecutivo em que a empresa sediada em Tampa, Flórida, não conseguiu superar as estimativas do mercado.
A Mosaic disse que suas vendas líquidas no terceiro trimestre caíram 21% em comparação com o ano anterior, para US$ 2,81 bilhões, prejudicadas pelos preços mais baixos do potássio.
Problemas com o potássio
Os preços globais do potássio foram pressionados à medida que os suprimentos voltaram aos níveis observados antes da invasão da Ucrânia, já que os principais produtores, Rússia e Belarus, contornaram as sanções ocidentais aumentando as remessas para a Ásia e a América do Sul.
A Mosaic disse que as operações de produção de potássio e fosfato voltaram ao normal após as interrupções no trimestre anterior e que espera um aumento nas vendas de ambos no quarto trimestre.
Análise estratégica
A empresa divulgou lucro ajustado de 34 centavos de dólar por ação para o trimestre encerrado em 30 de setembro, em comparação com a estimativa média dos analistas de 54 centavos de dólar por ação. A Mosaic disse que sua operação de potássio em Carlsbad, no Novo México, está sob análise estratégica.
Júlio Rossato
