Rússia lança míssil balístico intercontinental em ataque à Ucrânia
A Rússia lançou um míssil balístico intercontinental durante ataque à Ucrânia nesta quinta-feira (21), segundo a Força Aérea de Kiev, no primeiro uso conhecido na guerra de uma arma tão poderosa, com capacidade nuclear e alcance de milhares de quilômetros.
A Força Aérea relatou o lançamento depois que a Ucrânia disparou mísseis norte-americanos e britânicos contra alvos dentro da Rússia nesta semana, apesar dos avisos de Moscou de que consideraria tal ação como uma grande escalada na guerra de 33 meses.
Os mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) são armas estratégicas projetadas para lançar ogivas nucleares e são uma parte importante da dissuasão nuclear da Rússia. Os ucranianos não especificaram que tipo de ogiva o míssil tinha ou que tipo de míssil era. Não houve sugestão de que fosse arma nuclear.
O ataque com mísseis russos teve como alvo empresas e infraestrutura essencial na cidade de Dnipro, no centro-leste do país, informou a Força Aérea.
A Rússia também disparou um míssil hipersônico Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101, seis dos quais foram abatidos, informou a Força Aérea ucraniana.
"Em particular, um míssil balístico intercontinental foi lançado da região de Astrakhan, na Federação Russa", disse, sem especificar que tipo de ICBM foi disparado.
Reino Unido aprova uso de mísseis em resposta à Rússia
O Reino Unido aprovou o uso de mísseis Storm Shadow em resposta ao envio de tropas norte-coreanas pela Rússia na guerra contra a Ucrânia, informou a Defense Express, uma consultoria de defesa ucraniana.
A Defense Express perguntou se os Estados Unidos, principal aliado internacional de Kiev, havia sido informado sobre o lançamento do míssil com antecedência.
"É também uma questão de saber se os Estados Unidos foram avisados sobre o lançamento e sua direção, já que o anúncio de tais lançamentos é um pré-requisito para evitar o acionamento de um sistema de alerta de mísseis e o lançamento de mísseis em resposta", escreveu a Defense Express após a declaração da Força Aérea.
Júlio Rossato