Quem é Yoon Suk-yeol e a crise política na Coreia do Sul
Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul desde 2022, enfrenta um dos períodos mais turbulentos de sua administração, marcado por crises políticas, dificuldades legislativas e escândalos pessoais.
Desde sua posse, Yoon tem lidado com a resistência de um parlamento dominado pela oposição, que tem consistentemente bloqueado sua agenda legislativa.
Além disso, a oposição intensificou as pressões contra o governo, propondo o impeachment de membros de seu gabinete, incluindo o chefe da agência de auditoria governamental, acusado de falhar na investigação de escândalos relacionados à primeira-dama.
Declaração de lei marcial de emergência
O mandatário sul-coreano declarou lei marcial de emergência no país nesta terça-feira (3), acusando a oposição de colaborar com a Coreia do Norte.
“Para salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças representadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e eliminar elementos antiestado, declaro lei marcial de emergência”, disse em um discurso televisionado ao vivo pela emissora local YTN.
Escândalos pessoais
A popularidade de Yoon também tem sido corroída por escândalos envolvendo sua esposa, Kim Keon-hee. Ela é acusada de manipulação de ações e de aceitar presentes de luxo, como uma bolsa Dior, o que alimentou críticas à conduta do casal presidencial.
Em uma tentativa de conter a crise, Yoon pediu desculpas publicamente no mês passado, admitindo que sua esposa deveria ter se comportado de forma mais adequada.
Além disso, as acusações contra Kim incluem tráfico de influência, e a oposição tem pressionado por uma investigação especial, aumentando as tensões políticas.
Júlio Rossato