XP apresenta relatório “Onde Investir em 2025”
A XP apresentou o relatório “Onde Investir em 2025” e destacou oportunidades em regiões, setores e temas específicos dos mercados globais, principalmente nos Estados Unidos. Embora o desempenho passado das ações globais não seja garantia de retorno futuro, as ações globais acumularam alta de 19,3% até novembro, lideradas pelo S&P 500 nos EUA, que registrou 26,5% de alta. A China aparece na sequência com 23,9%.
Inteligência Artificial é citada como um assunto forte
A Inteligência Artificial foi citada como um assunto forte, mas não por causa das gigantes de tecnologia. O time de research da XP procura por nomes que podem render ganhos secundários, como o setor de energia, que impulsionado pela demanda por data centers, está fazendo parcerias com as big techs para investimentos na área.
Artur Wichmann, CIO da XP, acredita que a capacidade dessa tecnologia é extraordinária e ainda estamos longe de vislumbrar seus impactos. Na entrevista, ele lembrou que levou pelo menos 10 anos para que as atuais big techs conseguissem gerar caixa com seus modelos de negócios baseados na internet. “Com a IA é diferente. As empresas que estão investindo nisso já estão mostrando geração de caixa interessante em questão de meses. É uma tecnologia que ao se disseminar vai mudar o mundo que conhecemos hoje”, diz o CIO.
Ações globais e setores em destaque
A visão geral da XP para ações globais é neutra. Mesmo nos Estados Unidos, os analistas acreditam que ainda não há clareza o suficiente sobre o que será este segundo mandato de Donald Trump. Com isso, a recomendação é ser seletivo ao investir em empresas ou teses específicas. Para o estrategista global Paulo Gitz, os programas de estímulos do governo chinês devem impulsionar alguns ativos que operam com múltiplos muito descontados. Para a Europa a perspectiva é menos positiva, com França e Alemanha sendo vistos como países com mais dificuldades. O Reino Unido é um caso à parte, com perspectiva de crescimento econômico mais robusto e empresas negociando com múltiplos menores do que seus pares globais.
Júlio Rossato