Número de empresas ativas no Brasil chega a 7,875 milhões em 2022, diz IBGE
De acordo com o levantamento Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tinha 7,875 milhões de entidades empresariais formais ativas em 2022, ocupando 47,869 milhões de pessoas, sendo 36,5 milhões delas assalariadas. A atividade que mais contribuiu para o nascimento de empresas foi o Comércio (39,4%), sendo responsável também pela maior parcela de empresas empregadoras ativas (42,7%).
O salário médio mensal recebido pelos ocupados foi de R$ 3.103 75. A massa de rendimentos paga por essas empresas totalizou R$ 1,448 trilhão. Dentro desse universo de empresas ativas, havia um recorde de 2,648 milhões delas como empregadoras, que concentravam todos os 36,5 milhões de assalariados existentes e movimentavam R$ 1,439 trilhão em remunerações, com um salário médio mensal de R$ 3.108 66.
Nascimentos de empresas
Em 2022, houve 405,6 mil nascimentos de empresas empregadoras, maior número de aberturas da série histórica, iniciada em 2017. A taxa de nascimento, que mostra a proporção de aberturas em relação ao total de empresas empregadoras, alcançou 15,3%, também a mais elevada da série.
A atividade de Alojamento e alimentação aparece em segundo lugar no conjunto de nascimentos (9,9%), mas terceiro nas empresas ativas (8,0%). As Indústrias de transformação foram responsáveis pelo terceiro maior quantitativo de nascimentos, 8,7%, e o segundo maior de empresas ativas, 11,2%.
“O perfil das empresas que nasceram em 2022 é muito semelhante ao estoque de empresas já existentes, levando em conta as principais atividades econômicas”, apontou Thiego Ferreira, gerente da Análise e Disseminação da pesquisa do IBGE, em nota. Em 2022, 92,7% das novas empresas empregadoras tinham de 1 a 9 assalariados, enquanto 6,6% tinham de 10 a 49 assalariados, e 0,7%, 50 ou mais.
A taxa de nascimento também evidencia o maior dinamismo das empresas de menor porte em relação às demais: a taxa de nascimento foi de 17,6% entre as que empregavam até 9 assalariados; 6,2% na faixa de 10 a 49 assalariados; e 3,5% no grupo de 50 ou mais assalariados.
Mortes de empresas
O IBGE implementou mudanças na metodologia da pesquisa, entre elas a que determina a morte das empresas, agora mensurada por um conjunto de três anos: a morte de uma empresa ocorre quando a mesma se encontrava ativa no ano de referência, mas não nos dois anos seguintes. Portanto, as mortes evidenciadas com dados de 2022 se referem ao ano de 2020.
No estudo de 2022, foram identificadas 210,7 mil mortes de empresas empregadoras no ano de 2020, menor resultado da série histórica iniciada em 2015. A taxa de mortes ficou em 9,0%, também o menor porcentual da série. Essas empresas contavam com aproximadamente 774,0 mil assalariados, o que correspondia a 2,4% do total de assalariados no ano de referência.
Empresas empreendedoras
O levantamento mostrou ainda que existiam 70.032 empresas empreendedoras no País, que ocuparam 8,0 milhões de assalariados e pagaram R$ 317,4 bilhões em salários e outras remunerações no ano de 2022, com um salário médio mensal de 2,8 salários-mínimos. As empresas de alto crescimento, chamadas de empreendedoras, são aquelas com pelo menos 10 empregados assalariados que aumentaram as contratações acima de 10% ao ano por três anos.
Conclusão
O levantamento do IBGE sobre as empresas ativas no Brasil em 2022 mostrou um aumento no número de empresas empregadoras, com destaque para o Comércio como atividade que mais contribuiu para o nascimento de novas empresas. O salário médio mensal recebido pelos ocupados foi de R$ 3.103,75, e a taxa de nascimento de empresas empregadoras alcançou 15,3%, a mais elevada da série. As empresas de menor porte mostraram maior dinamismo, com destaque para aquelas que empregavam até 9 assalariados. As mortes de empresas em 2020 tiveram o menor resultado da série histórica, e a taxa de mortes ficou em 9,0%, também a mais baixa. As empresas empreendedoras ocuparam 8,0 milhões de assalariados e pagaram R$ 317,4 bilhões em salários e outras remunerações no ano de 2022.
Júlio Rossato