Shell e Equinor fundem ativos no Mar do Norte britânico para formar a maior empresa de petróleo e gás da bacia
As empresas Shell e Equinor anunciaram na quinta-feira (05/12/2024) a criação de uma joint venture 50-50 para unir seus ativos no Mar do Norte britânico. A nova empresa será a maior produtora independente do setor na região, sediada em Aberdeen, Escócia, e possibilitará cortes de custos e uma melhor posição fiscal, aumentando a lucratividade dos ativos.
A expectativa é de que a produção combinada aumente para 200.000-220.000 barris de óleo equivalente por dia (boed) nos próximos cinco anos, conforme a entrada em operação de novos projetos, incluindo o desenvolvimento de petróleo Rosebank. A nova empresa proporcionará um futuro sustentável de longo prazo para campos e plataformas individuais de petróleo e gás, ajudando a prolongar a vida útil desse setor crucial para o benefício do Reino Unido.
O Mar do Norte britânico e a indústria de petróleo e gás
Empresas petrolíferas têm deixado gradualmente a bacia britânica do Mar do Norte nas últimas décadas, com a produção caindo de um pico de 4,4 milhões de boed no início do milênio para cerca de 1,3 milhão de boed atualmente. A imposição de um imposto sobre lucros extraordinários pelo governo britânico aos produtores do Mar do Norte, após um aumento nos custos de energia em 2022, pressionou-os ainda mais a reduzir os investimentos e a sair da bacia.
Detalhes da joint venture
A nova empresa incluirá as participações da Equinor nos campos de Mariner, Rosebank e Buzzard, e as participações da Shell em Shearwater, Penguins, Gannet, Nelson, Pierce, Jackdaw, Victory, Clair e Schiehallion, além de uma série de licenças de exploração. A Equinor manterá a propriedade dos ativos transfronteiriços de Utgard, Barnacle e Statfjord entre a Noruega e o Reino Unido, bem como seu portfólio de energia eólica offshore, enquanto a Shell manterá suas participações na planta Fife NGL, no Terminal de Gás St Fergus e nos projetos eólicos flutuantes em desenvolvimento, MarramWind e CampionWind.
A JV emitirá sua própria dívida e não realizará uma oferta pública inicial de ações. Além disso, a Equinor também manterá seus ativos de hidrogênio, captura e armazenamento de carbono, geração de energia, armazenamento de baterias e armazenamento de gás, enquanto a Shell continuará com seus projetos de energia eólica flutuante.
Conclusão
A Shell e a Equinor estão se unindo para enfrentar os desafios do setor de petróleo e gás no Mar do Norte britânico, combinando seus recursos e investimentos. A nova empresa resultante da joint venture será a maior produtora independente da região, ajudando a prolongar a vida útil desse setor crucial para o benefício do Reino Unido.
Júlio Rossato